04/03/2016 14h13
Em MS, Temer confidencia receios e PMDB pode abandonar barco de Dilma
Por: Folha de Dourados
‘Ele se reservou de pronunciar sobre o presente’. Assim justificou o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Junior Mochi, do PMDB, se referindo a ‘blindagem’ feita pelos seguranças em relação ao vice-presidente da República, Michel Temer, que deixou a sede do Diretório Regional do PMDB, sem falar com a imprensa, nesta sexta-feira (4), em Campo Grande.
Segundo Mochi, que lidera a sigla regional, Michel teria confidenciado aos colegas da partido durante reunião privada, “que esse é um momento delicado e difícil para o país. Ele foi comedido e qualquer fala dele nesse momento, pode ter uma repercussão negativa”.
O presidente da ALMS ainda afirmou que o vice-presidente Michel Temer suspendeu todos os eventos programados para este final de semana. Ele deve acompanhar a repercussão da ‘suposta’ delação do senador Delcídio do Amaral, do PT, que envolveu diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a atual presidente da República, Dilma Rousseff, nas investigações da Lava Jato.
“Ele visitaria entre quatro a cinco estados, o que era para consolidar o partido, para falar da candidatura própria, e também para falar do apoio dele à reeleição. Acabou suspenso justamente para não se transformar em outro foco, considerando esse momento”, ressaltou.
Mochi disse à reportagem que Michel foi para São Paulo, mas não revelou o motivo da sua viagem. Também descartou qualquer tipo de convocação feita pela presidente Dilma Rousseff.
Convenção
O deputado estadual revelou que no próximo dia 12 de março, durante a convenção do partido, em Brasília (DF), pode haver uma manifestação de rompimento entre o PMDB e o PT.
“Não estou afirmando, mas presumimos que deverá haver uma conversação e uma posição. Mas por hora, não está pautada”, finalizou.(TopMidia)
