Conhecido como “Desafio do Apagão”, o ato envolve a tentativa de autossufocamento até o ponto de desmaio. A vítima foi socorrida, mas não resistiu.
Um menino de 12 anos morreu após tentar fazer um desafio online na Inglaterra.
A criança, identificada apenas como Sebastian, faleceu na última sexta-feira, 27, em Castleford. Segundo informações do jornal local “Yorkshire Live”, a polícia foi acionada por socorristas para o endereço onde o menino estava afirmando estarem “preocupados com a segurança de uma criança”.
Ao chegarem ao local, o menino foi encaminhado para um hospital, onde posteriormente foi confirmado a morte. As causas estão sendo investigadas, no entanto, o incidente não é considerado suspeito.
A família de Sebastian abriu uma vaquinha online para arrecadar fundos para o enterro do menino. Agnieszka Czerniejewska, organizadora da ação, explicou que ele morreu devido ao desafio online. “Seus pais lhe deram todo o amor e carinho do mundo, mas aquele momento online mudou tudo”, lamentou.
“Sebastian tinha apenas 12 anos. Um menino cheio de sonhos, paixão e um talento incrível. Aprendeu sozinho a tocar violão e teclado e adorava desenhar. Sempre sorridente, gentil e cheio de alegria — todos que o conheceram ficaram tocados por seu espírito gentil. Ele teve pais amorosos que fizeram tudo o que podiam para lhe proporcionar uma infância segura e feliz. Eles teriam lhe dado as estrelas. Infelizmente, um breve momento mudou tudo. O que aconteceu é uma tragédia indescritível. Nenhum pai deveria ter que enterrar seu filho. Ninguém deveria suportar tamanha tristeza”, diz a campanha.
Perigo online
De acordo com o jornal The Independent, apenas em 2022, cerca de 20 mortes foram associadas ao desafio. Desse total, 15 eram de crianças com até 12 anos. A brincadeira perigosa também foi registrada no Brasil.
Nas últimas semanas, vídeos de crianças e adolescentes de uma escola de Araxá, em Minas Gerais, viralizaram na internet. Nas imagens, os alunos tentam induzir os colegas ao desmaio por meio de uma manobra de sufocamento.
A onda preocupa as autoridades. A privação no fluxo de oxigênio leva a um estado temporário de euforia ou “barato”, no entanto, a brincadeira pode causar riscos graves, como convulsões, danos cerebrais e até mesmo a morte, como é o caso de Sebastian.
Czerniejewska afirmou que a morte do menino é um chamado silencioso à conscientização e também encorajou a pais de adolescentes a conversarem com os seus filhos sobre o que eles veem e fazem online. “Pergunte o que eles assistem, com quem conversam, o que os inspira. Esteja presente. Não presuma: ‘Meu filho jamais faria isso’. O mundo online pode ser tão perigoso quanto o mundo real — às vezes até mais”, disse.
(Informações Redação Terra)