Ele foi meme quando as redes sociais eram mato. Influencer? Nem existia isso na época. Há dez anos, Alexander Augusto de Almeida se tornaria conhecido como o Rei do Camarote, após aparecer na capa de uma revista listando os mandamentos para se dar bem na balada, torrando uma fortuna e “agregando valor”. Viralizou.
Uma década depois de se transformar de anônimo endinheirado em meme no YouTube, o empresário já não é mais o mesmo. Não só pelos quase 50 anos de idade. Aos 39, Alexander costumava desembolsar R$ 50 mil numa noite regada a champanhe, vodca e energético dentro dos camarotes de boates famosas de São Paulo, rodeado de mulheres bonitas e amigos de copo, que nem conhecia direito.
Foi uma época de altos e baixos. Ao mesmo tempo que Alexander conquistou a fama, vieram com ela os primeiros haters da internet e as polêmicas de uma vida que não era tão glamourosa assim.
Em 2011 o empresário foi denunciado pela ex e pela única filha por agressão. O caso não foi para a frente porque as vítimas retiraram a queixa e foram morar em outro país, bem longe de Alexander. Ele não aguentou tanta pressão da opinião pública e a inevitável zoação com seu estilo de vida e saiu do ambiente digital. Só voltaria em 2017 ao desistir de se candidatar a um cargo público.
Em seu perfil no Instagram, com pouco mais de 15 mil seguidores, algo ínfimo perto dos influenciadores de agora, Alexander mostra parte da rotina que em quase nada lembra o agito de outrora. Virou pai de pets, tem dois cães e um gato, prefere atividades à luz do dia, ainda viaja bastante, mas passa muitos fins de semana sozinho na mansão do Jardim Acapulco, no Guarujá, mesmo condomínio onde Neymar e Gabigol mantêm casas de veraneio.
Depois de meses sem postar no Instagram, Alexander voltou em setembro à rede social. O sumiço, segundo ele, foi um período de “férias”. Na realidade, Alexander está sendo investigado desde 2021 como um dos suspeitos de lavagem de dinheiro e ocultação de bens relacionados à construção de galpões em Atibaia. A defesa de Alexander diz que os galpões foram adquiridos de forma lícita e que ele não cometeu nenhum crime.
O Rei do Camarote é sócio de várias empresas, as principais delas ligadas a administração de frotas de veículos recuperados dos inadimplentes, que um dia quiseram agregar valor possuindo um carro que não puderam pagar.
(Extra)
