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‘PCCR foi utilizado para justificar os supersalários e isso não se pode admitir’, diz Mauro Thronicke

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José Henrique Marques

No próximo 7 de outubro, o comerciante Mauro Thronicke Rodrigues completará 54 anos ainda “aquecendo as turbinas” dos propulsores de sua primeira campanha eleitoral. Se o eleitorado de sua cidade natal lhe dará de presente de aniversário a espinhosa missão de administrar um município de arrecadação bilionária, mas com problemas de toda ordem, só o referendo das urnas, em 15 de novembro, poderá revelar.

À primeira vista, para quem não o conhece, Mauro Thronicke deixa a impressão de ser um sujeito educado e ponderado. É casado e nunca exerceu nenhuma função pública. O candidato a prefeito do PSL vislumbra nas vitórias do presidente Jair Bolsonaro e da senadora Soraya Thronicke, em 2018, as chances de superar seus seis adversários na corrida sucessória da prefeita Délia Razuk. “No espírito de renovação para acabar com a velha política, a população precisa dar uma chance aos novos, que querem fazer o certo”, afirma.

Nesta  entrevista exclusiva à Folha de Dourados , disse que apresentará e debaterá com a sociedade a busca de novos empreendimentos para gerar investimento, emprego e renda; a industrialização de Dourados e região em parceria com os governos estadual e federal; a reestruturação da medicina preventiva da família; a criação do consórcio de municípios da região sul, que vai priorizar o atendimento de média e alta complexidade em Dourados; e implantar o programa de transparência pública; criação do Seasa.

Mauro Thronicke afirma que trabalhará com a meritocracia junto ao funcionalismo público, mas que PCCR “foi utilizado para justificar os supersalários e isso não se pode admitir”.

Também disse que, se eleito, realizará uma auditoria em todas as áreas da Prefeitura para implantar uma nova estrutura administrativa e que espera “dos outros candidatos um debate democrático e jogo limpo”.

Leia a seguir, a entrevista.

Folha de Dourados – O senhor até então era desconhecido do mundo político. A onda bolsonarista de 2018 da qual surfou sua prima Soraya Thronicke (PSL) e se elegeu senadora ainda tem potência para elege-lo prefeito de Dourados?

Mauro Thronicke – Nenhum de nós era conhecido porque nunca fomos da política. Acredito que essa onda que citaram, foi uma onda contra a corrupção, pela mudança da política brasileira em que todos estavam cansados de tantos absurdos no nosso país. Sem dúvidas, o apoio do presidente Bolsonaro foi fundamental para a eleição da senadora Soraya Thronicke. As nossas bandeiras são as mesmas! Para acabar com a velha política, a população precisa dar uma chance aos novos, que querem fazer o certo. Então, nesse espírito de renovação, estou confiante sim de que é possível uma vitória da nossa eleição em Dourados.

Folha de Dourados – O relacionamento político entre a senadora e o presidente Bolsonaro (ex-PSL e hoje sem partido) está desgastado desde que ela votou contra matéria de interesse do governo no Senado. Ainda assim acha possível atrair os votos dos bolsonaristas tendo ela como principal apoiadora?

O relacionamento entre o Presidente Bolsonaro e a senadora Soraya Thronicke nunca esteve desgastado. Ela mantém o apoio de sempre ao Governo, está sempre no Palácio e em contato com os ministérios. O voto no veto 17 foi orientação do próprio ministro Guedes, que esteve no Congresso Nacional e defendeu as categorias da área da saúde e da segurança pública. Se houve algum ruído na comunicação, foi entre o próprio ministério com a liderança do Governo. Mas está tudo bem entre eles.

Folha de Dourados – Mas, em Dourados se tem a impressão de que o candidato a prefeito dos Republicanos, Racib Harb, está atraindo os simpatizantes da pauta conservadora…

Eu sou conservador, acredito na família, sou temente a Deus e farei o meu melhor. O processo político é simples. Apresentamos nossa proposta de forma honesta e a população decide nas urnas.

Folha de Dourados – É evidente que se vencer a eleição contará com a senadora a fim de trazer recursos federais para Dourados. Pode adiantar para que obras ou serviços?

Desde o início do mandato, a senadora Soraya Thronicke já enviou cerca de R$ 15 milhões para Dourados. Tenho certeza que fará muito mais por nossa cidade. Elaboramos um Plano de Governo que contempla todas as áreas da gestão pública para fazer de Dourados um exemplo para o Brasil. Temos propostas para reestruturar a área da saúde, retomar o crescimento econômico, garantir a segurança em cada esquina, e transformar nossa cidade em um exemplo de transparência e gestão pública. Vou debater cada um desses pontos com a sociedade, porque vamos fazer uma campanha participativa.

Folha de Dourados – Quais as propostas do senhor para superar os gargalos de Dourados, como a retomada do crescimento econômico, saúde, vias públicas, iluminação, enfim?

Algumas da minhas propostas são: buscar novos empreendimentos para gerar investimento, emprego e renda; a industrialização de Dourados e região em parceria com os governos estadual e federal; a reestruturação da medicina preventiva da família; a criação do consórcio de municípios da região sul, que vai priorizar o atendimento de média e alta complexidade em Dourados; implantar o programa de transparência pública; criação do Seasa; e várias outras propostas que estão detalhadas no meu Plano de Governo, que terei a oportunidade de apresentar e debater com a população.

Folha de Dourados – Uma vez eleito prefeito de Dourados quais serão suas primeiras providências?

Implantar o processo de governança, realizando uma auditoria em todas as áreas para implantar uma nova estrutura administrativa que atenda as regras de transparência e responsabilidade na gestão pública.

Folha de Dourados – O que o senhor pensa do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores municipais implantado no apagar das luzes da administração do ex-prefeito e atual vice-governador Murilo Zauith (DEM)?

No funcionalismo público temos que trabalhar com a meritocracia e valorizar os servidores que prestam um bom serviço para a população. Todavia, o PCCR foi utilizado para justificar os supersalários e isso não se pode admitir.

Folha de Dourados – Qual sua avaliação sobre os atuais governos municipal, estadual e federal?

Acredito que a renovação política que tanto buscamos, começou a acontecer em nível federal, com a eleição do Presidente Bolsonaro, o que é muito positivo. Mas essa mudança também precisa acontecer na base, nos estados e municípios, para acabar com a velha política e com a corrupção. Eu estou fazendo a minha parte e me colocando à disposição da população para limpar nossa cidade.

Folha de Dourados – Uma vez prefeito de Dourados como será a relação como o Poder Legislativo? Como pretende construir uma bancada majoritária?

Nós vamos tentar construir uma gestão focada no cidadão, na mudança prática na qualidade de vida da população douradense. Tenho certeza que, se a população eleger parlamentares responsáveis, teremos unidade nas votações de forma programática, trabalhando sempre pelo bem da nossa cidade.

Folha de Dourados – Como avalia as outras seis candidaturas colocadas para suceder a prefeita Délia Razuk (sem partido)? Espera enfrentar o quê?

Infelizmente vivemos em uma época de muitas notícias falsas. Meu compromisso é com a verdade. Farei uma campanha honesta, focada no cidadão, com responsabilidade e muito trabalho. Espero dos outros candidatos um debate democrático e jogo limpo.

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