Entre janeiro e setembro deste ano, Mato Grosso do Sul registrou 120 casos confirmados de leishmaniose tegumentar americana, de acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Os municípios com maior número de ocorrências foram Campo Grande, Bodoquena e Bonito. Em Mundo Novo, três infecções autóctones — adquiridas no próprio município, sem deslocamento para outras áreas — foram notificadas.
A leishmaniose tegumentar é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida pela picada do mosquito-palha, também conhecido regionalmente como birigui ou tatuquira. Essa forma da enfermidade costuma causar feridas na pele. Para conter a propagação, a SES destaca a necessidade do diagnóstico precoce, do tratamento adequado e de ações educativas junto à população. Há também a variante visceral da doença, considerada mais grave por comprometer órgãos internos como o fígado e o baço.
O aumento de casos em Guaíra (PR) — cidade localizada a apenas 24 quilômetros de Mundo Novo — elevou o estado de atenção no município sul-mato-grossense. A prefeita Rosária Lucca Andrade (PSDB) informou que, apesar de ainda não haver comunicado oficial sobre a situação paranaense, a Secretaria Municipal de Saúde já avalia possíveis medidas preventivas.
“A equipe da saúde está se organizando para montar uma barreira de proteção, mas como não fomos oficialmente informados, ainda não conseguimos planejar nenhuma ação mais concreta. Nosso secretário irá buscar contato com o responsável pela pasta em Guaíra para entender melhor o cenário por lá”, declarou a prefeita ao Campo Grande News. (M.E)
