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Marçal – o gestor, gordinho e o blogueiro, entre vaias e troféus e patriotismo de conveniência

Juca Vinhedo –

A FRASE

“Fico muito incomodado com essa discussão polarizada… não fico discutindo direita, esquerda. Temos uma agenda a ser cumprida.” (Governador Eduardo Riedel (PSDB-MS), em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, essa semana).


Da poeira ao asfalto

Em tom direto e com celular na mão, o prefeito Marçal Filho (PSDB) voltou a usar as redes sociais para mostrar que está mais uma vez “correndo atrás do prejuízo” deixado pela gestão anterior. Agora, o foco é o Bairro Altos do Indaiá, onde uma obra de asfalto foi iniciada antes das eleições e abandonada logo depois. O prefeito anuncia a retomada dos trabalhos, com verba recuperada de emenda da senadora Soraya Thronicke, e promete entrega rápida.

Modernizando a gestão

A publicação do prefeito Marçal Filho sobre o início do asfaltamento no entorno da UBS do Altos do Indaiá é mais que prestação de contas. É também um recado político. Ao recuperar o recurso e reiniciar a obra, Marçal quer fortalecer a imagem de gestor que não empurra problema para frente.

“Gordinho” se projeta

O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), que faz questão de ser chamado de “Gordinho do Bolsonaro”, deve ganhar os holofotes nacionais ao assumir a liderança de comissão que promete enfrentar o Supremo Tribunal Federal em protesto pelas medidas adotadas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A iniciativa, claramente alinhada com os setores mais radicais da direita, tende a catapultar o “Gordinho” como uma nova voz de destaque entre os bolsonaristas mais fiéis.

Monitorado por satélite

O jornalista Valfrido Silva, em seu blog “Contraponto MS”, porém, enxerga de outra forma. “Ao lado de Bolsonaro, em permanente estado de vigília emocional, está ele: o Gordinho do Bolsonaro, parlamentar fiel de Dourados, que agora assume a função de Guardião da Tornozeleira — cargo não remunerado, mas com grande projeção entre devotos do cercadinho e defensores do “perseguido político mais monitorado da história deste país”, escreveu.

Aplausos ao “Xandão”

Alvo preferencial de críticas da extrema-direita, o ministro Alexandre de Moraes vai, aos poucos, consolidando uma imagem de guardião da ordem constitucional. Suas decisões têm sido apontadas como fundamentais para conter o avanço da desinformação e da radicalização política nas redes. Prova disso é que, enquanto apanha de uns, Moraes tem sido homenageado por outros, inclusive com prêmios

Entre vaias e troféus

Enquanto uma parte do Brasil o ataca nas redes e o transforma em inimigo público, o ministro Alexandre de Moraes vai colecionando prêmios e reconhecimentos no mundo jurídico e acadêmico. Recentemente, foi novamente homenageado por sua atuação firme no combate à desinformação e na defesa do Estado Democrático de Direito, com o “Jabuti Acadêmico”, pelo livro “Democracia e Redes Sociais: o Desafio de Combater o Populismo Digital Extremista”. A premiação está agendada para o próximo dia 5 de agosto.

Patriotismo de conveniência

Enquanto Donald Trump mira o Brasil com medidas tarifárias duras e injustificáveis, alguns políticos brasileiros, em vez de defenderem os interesses nacionais, preferem bater continência ao ex-presidente norte-americano. Em nome de uma fidelidade ideológica cega, colocam os delírios de grandeza de Trump acima da soberania econômica do próprio país. Quando é que o patriotismo deixou de ser uma bandeira e virou um capacho?

Vassalos de Tio Sam

Não bastasse a submissão retórica, agora temos políticos brasileiros apoiando as tarifas de Donald Trump contra o Brasil como se estivessem aplaudindo um mestre. É o bolsonarismo internacionalizado, onde os interesses do povo ficam em segundo plano diante do culto a um líder estrangeiro. Defender tarifas contra o próprio país, só para agradar Trump, é mais do que incoerência: é traição disfarçada de ideologia. A pergunta que fica: são representantes do povo ou vassalos de Tio Sam?

Eduardo “Traidaro”?

Em mais uma de suas declarações bizarras, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em “exílio” nos Estados Unidos, afirmou que, se o povo brasileiro sofrer com sanções internacionais, se sentirá vingado pela possível prisão de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. A fala escancarou o que muitos já suspeitavam: para ele, o sofrimento do povo vale menos que a defesa cega de uma ideologia nefasta.

Expectativa frustrada

O atual presidente do PL em Mato Grosso do Sul, Tenente Portela, articulava uma possível vinda do ex-presidente Jair Bolsonaro a Mato Grosso do Sul para filiar e dar posse ao ex-governador Reinaldo Azambuja como presidente do partido no Estado. Com as restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes a Jair Bolsonaro, a agenda com o ex-presidente deverá ser cancelada.

“Não me representa”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro sublinhou esta semana que a comissão formada pelos senadores Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP) não fala pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e ainda chegou a prever o “fracasso” da missão negociadora nos EUA. fala expõe racha interno no bolsonarismo, que pode prejudicar ainda mais os interesses do setor produtivo brasileiro.

“Não me representa II”

Que Eduardo Bolsonaro use a expressão “não falam em nome do Bolsonaro” e antecipe o insucesso da viagem de Nelsinho e Tereza é um evidente convite ao espetáculo. Ao apostar na tensão pública, ele fragiliza uma ação que deveria ser pautada no interesse nacional. A mensagem é clara: para alguns deputados, vale mais a defesa de seu espólio político do que garantir um alívio real para os produtores frente às tarifas americanas. Isso, sim, não representa os interesses do povo brasileiro.

“Rebelião” tucana

Deputados estaduais do PSDB (19 dos 24) rebelaram-se contra a estratégia articulada pelo ex-governador Reinaldo Azambuja e pelo governador Eduardo Riedel de migrar o grupo apenas para PP, PL e um terceiro partido a definir. Alegam que esse esquema enxuto dificulta o lançamento de candidaturas para deputados estaduais e federais.

Tiro pela culatra

Reinaldo e Riedel apostavam numa estratégia arrojada: federação MDB/Republicanos/PSDB ou migração em massa para PP e PL. Agora se veem pressionados por deputados e vereadores tucanos que não querem ser escanteados. A insatisfação é tanta que já há pedido para manter uma chapa mínima no PSDB. O movimento pode forçar líderes a recalcular os planos, e evitar uma debandada que enfraqueceria a legenda.

Novo endereço

Nem foi construída ainda, e já tem novo endereço. Estamos falando da Casa da Mulher Brasileira, que inicialmente estava prevista para ser edificada em área próxima ao Anel Viário Perimetral Norte. Problemas na documentação do terreno exigida pelo governo do Estado, levaram o Município a destinar outro local. Agora deverá ser no terreno do antigo Dersul, nas proximidades da Vila Índio.

Novo endereço II

Outro espaço público que “mudou de endereço” antes de sair do papel é a sede própria do SAMU de Dourados. O local destinado anteriormente seria na antiga Praça Baltazar Marques da Silva, situada no Parque Arnulpho Fioravanti. Porém, em função dos declives daquele terreno, a futura obra está prevista para ser edificada, agora, em espaço próximo à Prefeitura e ao Estádio Douradão.

Palanque digital

Segmentos mais esclarecidos da sociedade douradense estão espantados com mais uma ação populista da vereadora Isa Marcondes (Republicanos). Ela acabou sendo alvo de uma nota de repúdio protocolada pelo Coren‑MS. O Conselho acusa-a de “distorcer fatos, desinformar a população e constranger uma enfermeira” que apenas agia dentro da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), ao resguardar informações sensíveis.

Cadê o partido?

No momento em que deveria exercer um papel sério de fiscalização nas unidades de saúde, Isa Marcondes preferiu o flash das redes e por isso terminou reprimida pelo Coren‑MS. O Conselho lamenta o uso da visibilidade do cargo para “incentivar o desrespeito à categoria” e pede uma posição formal da Câmara Municipal. Pergunta que não quer calar: o partido da vereadora (Republicanos) é a favor ou contra esse tipo de atuação? Vai sair em defesa ou orientar sua representante na Câmara de Dourados?

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BASTIDORES DO PODER

Entre a toga e a memória

Luiz Fux caiu nas graças do bolsonarismo. Ao votar contra as medidas cautelares impostas por Alexandre de Moraes ao ex-presidente Jair Bolsonaro — como tornozeleira eletrônica, restrição de locomoção e censura digital — o ministro do STF passou a ser visto como defensor da liberdade de expressão.

Foi rapidamente exaltado nas redes dos apoiadores como contraponto à “mão pesada” de Moraes. Ganhou até o carimbo de “esperança” entre os réus do 8 de janeiro.

Mas o passado, como sempre, insiste em bater à porta. Em 2018, quando era vice-presidente da Corte, Fux proibiu a Folha de S.Paulo de entrevistar Luiz Inácio Lula da Silva, então preso em Curitiba. Atendeu a um pedido do partido Novo e vetou a conversa alegando falta de previsão legal, numa decisão que, à época, foi duramente criticada por restringir o direito à livre manifestação da imprensa.

Hoje, Fux evoca o manto da liberdade. Mas o contraste entre seu voto recente e sua decisão de 2018 coloca luz sobre algo mais profundo: a coerência institucional.

Se antes censurar uma entrevista era aceitável em nome da “ordem”, agora, para o ministro, defender que Bolsonaro fale livremente em lives e redes sociais virou princípio constitucional.

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