A Justiça marcou para o próximo dia 26, às 17h, a primeira audiência de instrução e julgamento de Willian Megaioli Ebbing, de 22 anos, acusado pelo feminicídio de Simone de Souza, de 35 anos. O crime ocorreu em maio deste ano, em Itaquiraí, e chocou a comunidade local pela brutalidade e contexto familiar.
Willian tornou-se réu no dia 26 de maio, após o juiz responsável pelo caso aceitar a denúncia apresentada pelo Ministério Público. No momento da prisão do acusado, seu pai também foi detido por violência doméstica contra a esposa, mãe do autor.
Simone foi morta a tiros dentro da própria residência, na frente do filho de 14 anos. Segundo relatos, o adolescente usou o celular da mãe para acionar uma tia, que imediatamente chamou a Polícia Militar após os disparos.
De acordo com as investigações, o crime teria sido motivado por boatos de um suposto relacionamento extraconjugal entre Simone e o pai de Willian. Familiares contaram à imprensa que Simone era funcionária da empresa do casal — o pai de Willian e sua esposa — e teria sido afastada após a descoberta do envolvimento, embora o patrão continuasse a manter contato com a vítima.
“As brigas na família se intensificaram”, relatou um parente à época. Conforme apurado, Willian, que estaria em tratamento contra depressão, foi até a casa de Simone e efetuou os disparos.
Após o crime, o acusado fugiu do local, mas se apresentou horas depois na Delegacia de Polícia de Naviraí, acompanhado por uma advogada. Ele levou consigo o revólver calibre .38 utilizado no homicídio, com duas munições deflagradas.
Simone foi encontrada sem vida pela equipe da Polícia Civil e da perícia técnica. O caso segue sob investigação e será julgado como feminicídio, crime previsto no Código Penal brasileiro com penas agravadas, especialmente quando cometido na presença de descendente da vítima. (J.B)
