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Desde 1968 - Ano 56

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Manoel Afonso: Bolsonaro e Lula criam o ‘país dos imbrocháveis’

Manoel Afonso –

‘IMBROCHÁVEIS’: Bolsonaro e Lula incorporam a política uma linguagem sexual. Ambos, na presença das esposas, elogiaram o próprio desempenho sexual. Se Bolsonaro premia amigos com a ‘medalha do imbrochável’, Lula’ também ronca grosso’ referindo-se a sua virilidade’ apesar da idade avançada (78).  O país não é mesmo sério!

CONCLUSÃO: A liberdade sexual através de retóricas presidenciais chulas mede nossas referências políticas, já rebaixadas aos olhos da mídia internacional. Se as curvas sensuais expostas nos desfiles carnavalescos já representavam nossa imagem lá fora, agora ela ficou sacramentada com Bolsonaro e Lula destilando essas pérolas. Beleza!

CAMPANHAS: A temperatura subindo graças a uma coletânea de fofocas e ameaças de impugnações.  O episódio mais comentado envolve a candidatura de Beto Pereira que pode provocar desgastes e fornecer material crítico nas redes sociais inclusive. Mas de qualquer modo é cedo para avaliar eventuais danos e consequências eleitorais.   

‘PRETENSIOSO’:  Para os observadores o ex-governador Puccinelli (MDB) não faz autocrítica ao supervalorizar seu apoio ao candidato Beto Pereira (PSDB). A pretensão de ser ‘conselheiro e pai político’ de Beto não teria a legitimidade exigida  pela opinião pública devido ao envolvimento dele (André) em notórios escândalos.

A QUESTÃO: Para os paulistas ‘não se rejeita apoio em eleições’, mas recomendam os cuidados ressabiados dos mineiros para evitar rejeição do eleitorado. Pelo seu estilo, Beto Pereira, não abriria mão do protagonismo, permitindo apenas se aconselhar com seu mestre e pai Valter Pereira.  “Non ducor, duco” (Não sou conduzido. Conduzo)

COMBINADO? A população campograndense aguarda as propostas dos candidatos à prefeito quanto a recuperação do centro. Para Fayez Feiz José Rizk (arquiteto urbanista) não se pode mais adiar um projeto que aproveite a infraestrutura da região antes que seja tarde demais. Claro! Não valem projetos demagógicos de cunho eleitoreiro.

ENCOLHIDO:  O Partido Verde coliga com o PT e Marcelo Bluma disputará uma das duas vagas a vereança. Para Governador em 2018 ele obteve 12.905 votos na capital e em 2020 chegou a 2.652 votos para prefeito. Bluma já foi vereador por três vezes e candidato a deputado estadual, federal, prefeito e governador. ‘Disputar é preciso’.

RESUMINDO:  Na pratica o PV não difere dos demais partidos: está nas mãos dos mesmos caciques. Aliás, o partido tem se omitido nos últimos anos das causas voltadas a defesa do meio ambiente. Esperava-se por exemplo postura ativa de suas lideranças no episódio dos incêndios e degradação do Pantanal. Enfim, o PV amarelou e ‘PTzou’.   

JOE BIDEN:  “Decidi que o melhor caminho a seguir é passar a tocha para uma nova geração. Essa é a melhor maneira de unir a nossa nação. Há um lugar e tempo para isso. Há tempo também para vozes frescas, vozes mais jovens. E esse lugar e esse tempo é agora”.

DONALD TRUMP:  “Se a ‘Czar’ da fronteira Harris continua no comando, todas as semanas, trará um fluxo interminável de estupradores estrangeiros ilegais, assassinos sedentos de sangue e predadores de crianças para perseguir nossos filhos e filhas”.

SOBRE KAMALA:“Os americanos de quem eu não gosto, não gostam dela pelas razões que me levam a gostar dela. Quando fala em público pensa em voz alta. Tenta dizer coisas profundas. É uma burguesa de bom gosto. A mãe era oncologista e investigadora, o pai é historiador, professor universitário. Parece ser uma pessoa feliz. ” (de Miguel E. Cardoso em ‘Público’ – de Portugal)

REFLEXOS-1: A polarização ‘direita e esquerda’ ganha contornos globais. A eleição nos ‘U.S.A’ deve influenciar também aqui. A bandeira do conservadorismo social e econômico deverá até ocupar espaço em debates que a princípio deveria ser reservado aos temas relacionados aos problemas de cada comunidade. Eu disse deveria.

REFLEXOS-2: Mas o pleito caminha noutra direção. A notícia da presença na capital (dia 12 de agosto) de lideranças nacionais femininas da direita reforça essa tendência. Enfim, o país está em estado de efervescência política com a esquerda perdendo aquela velha hegemonia das ruas. O perigo é a inversão daquelas prioridades paroquiais.

INTERROGAÇÕES:  O que estaria pensando o cidadão comum, focado nos seus desafios do dia a dia? Qual seria seu olhar diante do cenário eleitoral com  protagonistas que ele apenas conhece ‘por ouvi dizer’? Às vésperas de agosto, esse eleitor ainda não priorizou conhecer as propostas e perfis dos candidatos. Podes crer!

LEMBRO: Também nas eleições e na política promessa é dívida.  Mas imagine uma campanha eleitoral sem promessa! Seria sem graça. Mesmo conhecendo-as por experiências frustradas na maioria das vezes, o eleitor carrega essa cultura.  Quer algo agradável que lhe permita sonhar. É como esperar a divulgação dos números da loteria.

NOVELA: Impressiona a tradicional enrolação nos bastidores para definir o candidato a vice-prefeito. Prevalece mais a política do que o perfil técnico. Sobre o vice há críticas e ironias em relação a sua importância questionável. Mas lembro do exemplo do ex-presidente Itamar Franco. Saiu da reserva para fazer uma bela gestão. Certo?

IDEAL:  O candidato a vice prefeito, a priori, não pode atrapalhar na campanha. Mas deve e precisa dar uma boa textura ao titular da chapa, tornando-a mais competitiva inclusive.  Uma espécie de firmeza. Necessita passar uma certa tranquilidade à população. E como se diz: ‘nunca se sabe, os aviões continuam caindo.’

DOURADOS: Não perde a efervescência. Marçal Filho (PSDB) liderando com folga pelos números do Instituto Ranking (registro 04624/2024 – TSE). Mas há outros fatores pendentes. Um deles é a decisão do PL em lançar Gianni Nogueira (mulher do deputado Rodolfo Nogueira) candidata a prefeito. Pelo Visto ainda teremos fortes emoções.

MUTRETA? O ex-Secretário de Obras Edson Giroto é apontado pelo MPE como um dos responsáveis pelo prejuízo de R$10,424 milhões causados ao Estado de MS pela contratação da empresa ‘Fluidra Brasil Indústria e Comércio em obras no Aquário do Pantanal.  A 29ª Promotoria de Justiça da capital cuida do caso.  Promete!

PONTO FINAL:

Me arrancam tudo à força, e depois me chamam de contribuinte. (Millôr)

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