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Desde 1968 - Ano 56

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‘Mais um ano’, por Erminio Guedes

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Erminio Guedes (*) –

A magia de fim de ano é a esperança. Natal, fim de ano, dá um certo saudosismo das coisas boas que passaram e vontade de recuperar o tempo de viver, de abraçar, de agradecer e de amar. Tempo de energias positivas, ainda mais nestes tempos tristes de pandemia e de espera sofrida.

Não dá para ignorar que, corações mais empedernidos pela idade, como o meu, aposta em intensa renovação, pedindo luzes ao ano novo. Curioso, imagens de um passado distante ressurgem para orientar o futuro. Assim como, problemas presentes sugerem tirar os espinhos do caminho e seguir em frente sem medo. Fim de ano é tempo de pensar no tempo e achar tempo para recomeçar.

Imaginemos o que representa, às famílias de 20 milhões de brasileiros, reunir para comemorar a vida que segue, depois da covid – 19 e para outras 620 mil famílias chorar parentes perdidos. Por certo, ressoa uma canção de fé na renovação.

De repente, um ano morre e a vida ganha nova dimensão, na ruptura do status quo, na transformação de modelos, na metamorfose ambulante. Eu me entusiasmaria como pássaro, voando em grupo, como os gansos, para gastar menos energia, cobrir distâncias maiores e olhar o mundo na sua real significação. Talvez, um grande sonho, embora eu saiba que a vida de um ganso é efêmera. Mas, a nossa também.

Na verdade, gostaria de me importar menos com problemas, mas o tambor da consciência retumba forte no fim de ano e a expectativas ao ano novo, canta alto como a cigarra na primavera. Talvez seja aconselhável plantar um pé de arruda para vir sorte, energias positivas e espantar mau olhado.

Nunca encontrei com Papai Noel, mas acreditei nele, vindo a cavalo. Acordei para abrir o presente. E sempre fiquei orgulhoso do que ganhei. Com nossos filhos e agora netos, somos felizes, eu e Suzana, com a felicidades deles, abrindo uma alegria contagiante aos presentes, em colorida noite de Natal.

As crianças adoram presentes, mas são seletivas. A sensibilidade vê os maiores encantos, nas coisas simples que, nem sempre, é visto pelos adultos, como as mais importantes. Provável que tenhamos de reaprender algumas coisas, com as crianças.

Meu maior desejo: Que o Natal, na sua magia, recupere esperanças. Que o ano novo me dê paz, saúde extensiva a quem amo, a família e amigos e, também elegância. Sim, elegância para argumentar sem deixar passar o que me aborrece.

Hora de lembrar dos que mais sofrem e pedir por eles. Lembrar da mensagem de fim de ano de Bill Gates, um dos mais ricos do mundo: “Fui desproporcionalmente recompensado pelo trabalho que fiz — enquanto muitos outros trabalham tão duro quanto enfrentam dificuldades para sobreviver”. O sistema não se importa em recompensar isso. “Sou a favor de um sistema tributário no qual, se você tiver mais dinheiro, paga mais impostos. Acho que os ricos devem pagar mais e isso inclui Melinda e eu”. Naturalmente, para reconhecer a importâncias dos mais simples e ter um País mais humano.

Por acreditar na racionalidade dos argumentos, peço que minha memória seja preservada para que eu possa lembrar de todas as belezas que vi, ouvi, vivi e vivo hoje. Voltarei a São Chico para beber a água limpa nas fontes do meu passado e olhar no horizonte as luzes do futuro. Peço muito por isso!

Feliz Natal! E próspero 2022!

(*) Eng. Agrônomo, consultor/sustentabilidade.

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