Os laudos sexológicos e de necropsia realizados no corpo de Isis Ojeda da Silva, de apenas 1 ano e 9 meses, confirmaram que a criança foi vítima de estupro. Os exames também apontaram que a causa da morte foi asfixia mecânica direta. O caso, que chocou o estado e repercutiu nacionalmente, teve um de seus desdobramentos mais cruéis revelado pelos laudos periciais.
De acordo com o delegado Matheus Vital, responsável pela investigação, a asfixia pode ter sido provocada pelo bloqueio da passagem de ar pela traqueostomia da criança durante o ato de violência sexual. Isis Ojeda da Silva faleceu na manhã do dia 9 de julho, em Camapuã.
O principal suspeito do crime, e pai da criança, confessou o abuso ao ser preso. Ele detalhou que o estupro ocorreu enquanto ele mantinha relações sexuais com a mãe da menina. Em seu depoimento, o pai alegou não ter “conseguido controlar seus impulsos sexuais”, justificando o ato com um histórico de abuso sofrido por um primo durante sua infância.
Após o crime, o suspeito afirmou ter ido trabalhar e que a filha “estava bem”. Horas depois, no entanto, a criança começou a passar mal e veio a óbito no hospital da cidade.
Mãe da Criança é Investigada por Omissão
A mãe de Isis, que inicialmente declarou desconhecer os fatos, agora está sendo investigada por omissão. A apuração inicial revelou que a criança apresentava sinais de maus-tratos e negligência nos dias que antecederam sua morte. Apesar de Isis ter um problema de saúde complexo, também foram identificados sinais de abandono, como a presença de piolhos e larvas em seu corpo.
O caso segue sob investigação das autoridades locais para total elucidação dos fatos e responsabilização dos envolvidos. (J.B)