A audiência de instrução e julgamento do empresário Lucas de Andrade Coutinho, acusado de falsificar uma licença sanitária para participar de uma licitação, foi adiada em mais de um ano. Inicialmente marcada para setembro de 2025, a sessão ocorrerá apenas em outubro de 2026, após pedido da defesa, já que o advogado tinha outro compromisso na data original.
Enquanto aguarda este julgamento, Lucas responde a diversos processos relacionados a fraudes em licitações. Em 2025, ele teria falsificado uma licença sanitária para participar de um pregão da SAD (Secretaria de Administração de MS). O documento foi identificado como falso pela Vigilância Sanitária. Em depoimento ao MPMS, o empresário afirmou ter comprado a licença de um desconhecido por R$ 200.
Histórico de operações
Lucas e o irmão Sérgio Duarte de Andrade Coutinho são alvos de várias operações contra corrupção em Mato Grosso do Sul.
- Operação Parasita (2022): investigou rombo de R$ 12 milhões no HRMS.
- Operação Turn Off (2023): revelou fraudes de R$ 68 milhões em contratos da saúde e educação; os irmãos foram presos e soltos em seguida.
- 2ª fase da Turn Off (2024): nova prisão por tentativa de ocultar R$ 10 milhões em bens; conseguiram habeas corpus no STJ e foram liberados com tornozeleira eletrônica.
- Operação Fake Cloud (2025): Lucas voltou a ser preso, acusado de fraude em contratos de tecnologia na Prefeitura de Itaporã.
Esquema familiar
As investigações apontam que o esquema envolvia outros membros da família. O primo Victor Leite de Andrade foi implicado na primeira fase da Turn Off, enquanto a esposa de Sérgio, médica e proprietária da empresa Isomed Diagnósticos, também teria participado de contratos fraudulentos. Além disso, empresas ligadas ao tio dos irmãos também venceram pregões públicos.
Segundo o Midia max, Lucas e Sérgio respondem a diversas ações penais por crimes como fraude em licitação, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. (M.E)

