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Jovem que planejou massacre dizia querer ‘ser um líder nazista’

Um dos jovens de 17 anos que teve o seu plano de fazer um massacre em escola descoberto falava em “tomar o poder e se tornar um líder nazista” no Brasil.

Em áudios obtidos pelo Metrópoles, o jovem lamenta a atual situação política e cultural do Brasil em uma conversa de WhatsApp e sugere o regime nazista como uma solução para o país.

“Se eu pudesse, fazia uma espécie de nazismo no Brasil, sem matar gente, mas matando também. Mas botar ordem, acabar com o crime e melhorar o Exército, as escolas, botar ordem, fazer coisas boas”, diz o menor em uma das conversas.

Durante uma de suas falas, ele se confunde e fala que implantaria uma espécie de “nazismo invertido” e logo depois se corrige dizendo que falou errado.

Em outro momento, o adolescente fala que revolucionaria o Brasil e utilizaria o cumprimento nazista com o braço direito erguido. “Eu sendo um líder que vou revolucionar o Brasil, a gente cumprimentando levantando o braço seria muito foda. Podem me julgar, eu acho o nazismo muito foda. Eu seria nazista facinho, daria tudo para ser isso”, revela o jovem.

O estudante do 2º ano do ensino médio enaltece discursos de Adolf Hitler e critica o presidente Lula ao imitá-lo e chamá-lo de “filho da puta”.

Em vídeos divulgados, a dupla fazia inúmeras menções a símbolos nazistas e, em uma das fitas, um deles desenha uma suástica com a poeira solta em cima de um violão. Ao mostrarem o símbolo, começam a saudar líderes nazistas: “Heil, Hitler! Morte aos judeus”.

Entenda o caso

  • Dois adolescentes de 17 anos que estudavam no segundo ano do ensino médio planejavam fazer um massacre em uma escola pública do Distrito Federal.
  • O plano dos dois menores de idade teria chegado à direção das escolas onde os alunos estudavam e encaminhado à Polícia Civil (PCDF).
  • A dupla propagava discursos de ódio contra mulheres, negros e gays, além de fazer apologia ao nazismo através de um site criado por eles.
  • Além de utilizar a plataforma para compartilhar todos os seus planos, os jovens utilizavam o aplicativo do TikTok  para impulsionar e fazer o marketing para aumentar o alcance do site. Algumas contas chegaram a ser banidas pela rede social por conter discurso de ódio.
  • Entre o fim de 2024 e junho de 2025, os jovens teriam gravado e publicado cerca de 10 fitas para narrar todo os preparativos antes do massacre marcado para o dia 20 de setembro, chamado por eles de “dia zero”. Os arquivos teriam sido apagados ainda em junho deste ano.
  • Uma menor de idade que mora na Argentina começou a ter contato com a dupla através de uma comunidade que compartilhava conteúdo de “true” crime, onde pessoas compartilham casos de crimes reais. Por não ter o português como a língua nativa, a jovem não entendia a gravidade das falas.
  • A adolescente argentina passou a compreender o idioma brasileiro após um tempo e ao rever os vídeos, passou a entender a gravidade daquilo que era falado por ambos. Depois de tomar conhecimento, ela conseguiu baixar o material criminoso antes da dupla apagar o site, junto todas as provas em documento e enviar para pessoas próximas dos jovens.
  • Nos vídeos feitos por eles, os estudantes do ensino médio aparecem manuseando as armas caseiras fabricadas por eles e descrevem os planos de abrir fogo contra pessoas na escola onde estudavam.
  • Policiais civis da Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento (DPCEV) detiveram um dos adolescentes suspeitos de planejar fazer um massacre em uma escola pública do Distrito Federal e cumpriram mandados de busca e apreensão.
  • Os planos dos adolescentes de 17 anos, que estão no 2º ano do ensino médio, foram divulgados em primeira mão pelo Metrópoles. A região administrativa e o endereço da escola não foram informados para não gerar pânico na população.

Fabricação de armas e explosivos

Os estudantes do ensino médio aparecem manuseando as armas caseiras fabricadas por eles e descrevem os planos de abrir fogo contra pessoas na escola onde estudavam. O outro adolescente chega a falar que pensou em fazer o massacre no dia 20 de setembro, na data do aniversário de 18 anos do amigo. “Que tal fazermos no seu aniversário? O seu presente vai ser atirar em preto e matar gente”, relata.

Ainda no mesmo vídeo, o garoto revela planos de comprar armas. “A gente quer comprar armas no mercado negro, mas não sabemos ainda como entrar nesse meio”.

(Informações Metrópoles)

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