Tyler Robinson, jovem de 22 anos acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk, nos Estados Unidos, pode ser condenado a pena de morte por meio de um pelotão de fuzilamento. O método ainda é permitido em Utah, onde o homicídio ocorreu.
Segundo a polícia, Robinson teria confessado ao pai ter disparado contra Kirk durante um evento universitário em Salt Lake City, na última quarta-feira (10). O ativista, conhecido pelo apoio ao presidente Donald Trump, morreu na hora, diante de centenas de pessoas que acompanhavam a palestra.
A morte de Charlie Kirk provocou forte reação na cena política norte-americana. Trump, aliado próximo da vítima, cobrou em discursos recentes a aplicação de “julgamentos rápidos” e penas severas para acusados de crimes violentos. O presidente também relacionou o assassinato de Kirk ao caso da refugiada ucraniana Iryna Zarutska, morta em Charlotte, na Carolina do Norte, dentro de um trem por um sem-teto.
Utah é um dos três estados americanos que permitem execuções por fuzilamento. Em 2021, a Suprema Corte chegou a barrar a execução de Ralph Menzies, condenado por assassinato, reacendendo o debate sobre a legalidade e a crueldade desse método. No entanto, em abril deste ano, a Carolina do Sul realizou a primeira execução por pelotão de fuzilamento em 15 anos.
Apesar da pressão política, especialistas jurídicos afirmam que o caminho até uma eventual execução de Robinson pode ser longo. Advogados apontam que, mesmo com o clima de endurecimento no discurso do governo, o processo deverá enfrentar recursos, contestações constitucionais e debates sobre direitos humanos.
(Informações RIC)