Kylee Engle percebeu caroços na pele e, depois de exames, médicos descobriram focos de câncer em vários órgãos, inclusive no cérebro
Em junho de 2023, logo após mudar de cidade a trabalho, a jovem canadense Kylee Engle encontrou alguns caroços na pele que pareciam espinhas internas, ou fios encravados. Quando percebeu que as marcas estavam se multiplicando, ela procurou um médico e entrou na fila de espera para passar por um ultrassom.
“Alguns dias depois, ela nos ligou chorando do hospital dizendo que os médicos tinham encontrado lesões em seu pulmão. Achei que era o dia mais assustador das nossas vidas, mas não, só foi piorando”, conta a irmã de Kylee, Kara, em um texto publicado na plataforma Go Fund Me.
Até o final do dia, foram encontradas mais 20 lesões em cada pulmão, 18 no fígado, duas no coração, sete no cérebro e outras nos linfonodos, espinha e glândulas adrenais. Depois de todos os exames, Kylee foi diagnosticada com melanoma metastático estágio 4, um tipo de câncer de pele que já tinha sofrido metástase.
Em retrospecto, a jovem lembrou de alguns sintomas que ignorou, como ganho de peso não intencional, náusea, vômitos e fadiga. Ao longo da vida, ela já tinha retirado algumas pintas benignas como precaução, mas os médicos acreditam que as células de alguma das manchas tenha sido maligna e as células tumorais entraram no sistema linfático.Play Video
Kylee passou por quimioterapia e imunoterapia, e o crescimento do câncer estava estagnado até fevereiro deste ano, quando um dos tumores começou a crescer e entrar no tecido do coração. Por isso, ela precisou se mudar para Toronto, onde passou por uma cirurgia para remover o câncer.
“Provavelmente vou ficar em tratamento para o resto da vida, mas há casos de pessoas sem evidência de doença depois de casos com o meu”, diz, em entrevista ao Daily Mail.
Agora, Kylee vai passar por um teste de sangue que busca por marcadores imunológicos e mutações tumorais para definir se ela pode fazer uma terapia chamada TIL. A técnica cria um exército de células imunológicas a partir de informações dos tumores e o injeta no paciente na esperança que ele combata o câncer sozinho.
A terapia ainda não é aprovada no Canadá, mas ela tentará fazer o tratamento com uma empresa americana. “Vou tentar qualquer coisa que me permita viver uma vida completa”, afirma. (informações metrópoles)