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Inflex: ‘35 anos de tradição e tecnologia produzindo embalagens plásticas para indústrias de todo o país’

Nesta quinta-feira (02), é dia de rememorar o legado Inflex publicado no livro ACED 80 Anos – Uma História de Sucesso, lançado em 29 de maio de 2025; leia a seguir…

O início da Inflex aconteceu em 1989. A empresa nasceu como Sacoplast Indústria e Comércio de Embalagens Plásticas, com o objetivo de atender um mercado muito específico, que era o dosce realistas que havia na região de Dourados, em Rio Brilhante, em Deodápolis e em outras cidades próximas. Havia, principalmente, cerealistas de arroz, algumas de milho e de feijão, ou seja, um mercado de cereais básicos.

Essas empresas demandavam embalagens, chamadas de monocamada, feitas em polietileno; as embalagens formavam pacotes de cinco quilos, dois quilos e um quilo, e sacos para fardos de trinta quilos, bem grossos. Na pequena fábrica, uma máquina fazia a extrusão do filme, que depois era impresso, resultando em impressões muito simples, nas cores azul, vermelho e branco; basicamente, quase tudo feito em uma flexografi a bem simples, com duas ou três cores. A última etapa era a do corte e a da solda do filme plástico, transformado em sacos, vendidos por milheiros.

O mercado foi se expandindo com o passar dos anos, e a Inflex começou a vender mais para as regiões Centro-Oeste e Norte, chegando a ter clientes no Acre, em Roraima, em Manaus.

De “portinha” ao parque industrial

A Inflex começou na antiga Rua Bahia, atual Avenida Hayel Bon Faker. Depois de três anos, passou a funcionar em um local próximo da atual Rodoviária, onde ficou por dez anos. Naquele ponto da Avenida Marcelino Pires, os desafios eram o fornecimento de energia e as dificuldades com o trânsito. Na época, a indústria consumia energia equivalente a mais de mil residências, enquanto, hoje, comparativamente, o consumo passa de mais de três mil.

Ali, naqueles galpões, a indústria continuou a instalar as má quinas e equipamentos, mas, como era um barracão antigo, não era próprio para a indústria de embalagens. Os sócios já tinham com prado, em 1998, o terreno atual, distante do centro, já pensando em levar a indústria para um local mais adequado.

Esse momento ocorreu em meados do ano 2000: o novo projeto, onde a fábrica está operando desde o final de 2001. Portanto, já são 23 anos na atual planta industrial, que saiu de pouco mais de 3 mil metros quadrados de área construída para os quase 15 mil metros quadrados de hoje, englobando também vários armazéns, fábrica de tinta, restaurante.

Em 2004, a Inflex iniciou a produção de filmes laminados para as embalagens. Foi uma grande evolução, que consiste em usar mais de um filme plástico, unindo os mesmos com adesivos específicos. “Esse tipo de embalagem pode ser usado para salgadinhos, doces (como goiabada), produtos lácteos, cafés. Essa tecnologia, inserida nas embalagens, permitiu um avanço maior para novos mercados”, explica o diretor industrial e cofundador, Evandro Vicente.

Assim, o mercado, que era mais voltado para o Centro-Oeste e para o Norte do país, se direcionou agora para o Sudeste, principal mente para São Paulo. Hoje, praticamente toda a produção da planta está orientada ao mercado nacional, com clientes importantes, desde o Rio Grande do Sul, chegando até vários estados do Nordeste.

Atualmente, 60% do que a Inflex produz é direcionado ao mercado paulista. “Este crescimento continua, no momento, com a ampliação da fábrica e a construção do armazém de produtos químicos”, destaca o diretor administrativo, Cesar Augusto Scheide, há 25 anos na empresa.

Com base nessa estratégia, a indústria persistiu no processo de laminação. Assim, foi possível atingir mais clientes nos competitivos mercados do café, do chocolate, do requeijão e do molho de tomate. E com os novos equipamentos, utilizando melhores tecnologias de impressão, alcançou um nível bastante alto em impressão flexográfica, inclusive, recebendo prêmios de destaque em âmbito nacional.

Certificações: patrimônio da indústria

Ao longo de sua história, a Inflex investiu bastante, buscando e conquistando várias certificações nacionais e também internacionais, como a ISO 9001, que é focada no sistema de qualidade, desde 2005; e também o selo verde, que foi conquistado em 2014. Trata-se de um selo estadual, baseado na norma ISO 14000 e na GSI. Outro selo bem criterioso é o da norma FSSC 22000, a Food Safety System Certification, a qual garante que os produtos são certificados em segurança de alimentos.

A Inflex possui ainda o selo de conformidade da CDIAL HALAL, uma certificação da Gulf Standard Organization – GSO, equivalente, no mercado de países árabes, à ISO. Ambos são organismos internacionais de padronização e certificação. “É uma certificação da cadeia de fabricação, e isso gera muita confiança. Dessa forma, os clientes não precisam, necessariamente, vir a Dourados, presencialmente, para avaliar a Inflex e seu processo de fabricação”, atesta César Scheide.

Com a Ernest & Young (EY), a Inflex recebeu em 2022 e 2023 a auditoria de suas demonstrações financeiras. É uma certificação de governança relativa aos números de seu balanço contábil. A indústria segue, assim, normas muito semelhantes às das sociedades anônimas, ou S.A.

A presença da Inflex na Associação Comercial e Industrial de Dourados (ACED), com diretores participando ativamente de eventos, reuniões e patrocinando iniciativas, “ocorre desde sempre e de maneira assídua”, ressalta Cesar Scheide. “Se a ACED é a casa do empresário, nada mais justo do que ser membro permanente desta importantíssima entidade”, conclui.

“A Inflex são as pessoas”

A Inflex completou 35 anos em setembro de 2024. Hoje, a indústria tem muitos colaboradores com 30, 25, 20, 18, 15 anos de casa. Acima de 10 anos são mais de 110 pessoas. A média atual é de 9 anos de empresa. A rotatividade não é grande no pessoal mais antigo; nos colaboradores mais recentes, é maior.

“A Inflex entende que empresa, em última análise, não são as máquinas, que são nossas ferramentas de trabalho, mas, sim, as pessoas. Se as pessoas não estiverem aqui na indústria, não temos atividade alguma, não temos produção”, atesta a diretora Rosilene Aparecida Bortolazo Vicente.

Entre os 350 colaboradores diretos e os profissionais atuais, temos engenheiros químicos, engenheiro de automação e controle, engenheiros mecânicos, técnico em mecânica, técnico em elétricidade, engenheiro de produção, contadores e administradores.

A família como alicerce

O empresário Elziro Vicente Júnior cursou a Faculdade de Engenharia

Inflex: ‘35 anos de tradição e tecnologia produzindo embalagens plásticas para indústrias de todo o país’

Industrial-FEI, situada em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, da mesma forma que o seu irmão Evandro Luiz Vicente. Trabalharam num frigorífico de grande porte da época, chamado Bordon, e, depois de outras experiências profissionais, aportaram em Dourados.

Foi nessa época que Elziro Vicente Júnior começa a pequena fábrica em sociedade e com apoio financeiro de seu pai, Elziro Vicente, e convida também o irmão Evandro Vicente a trabalhar com ele, em Dourados. Em dezembro 1998, Elziro Vicente (pai) faleceu, e então outras pessoas da familia foram chamadas para dar continuidade à empresa.

Em um desses entendimentos e convites, o engenheiro Cesar Augusto Scheide, que, na época, trabalhava na Companhia Energética de São Paulo – CESP, decidiu mudar-se com a família, do estado de São Paulo para Mato Grosso do Sul, e reiniciar a vida profissional em Dourados.

Atualmente, os quatro empresários (Elziro, Rose, Evandro e Cesar) continuam na gestão, mas contam com vários outros profissionais que atuam, por exemplo, na diretoria, na gerência e na supervisão. E a Inflex, que inicialmente se constituía em uma em presa essencialmente familiar, hoje está migrando para uma gestão diversa e cada vez mais profissional.

Preparando o futuro

Mesmo com o sucesso alcançado, a Inflex segue preparando seu futuro. “Talvez nos próximos cinco anos poderemos chegar a ter 500 colaboradores diretos, vindo a ser uma empresa de porte razoável, despontando entre as 10 ou 15 maiores do país no nosso segmento. Essa é uma estratégia de futuro, oriunda de um passado muito simples, muito modesto realmente, cuja curva de crescimento não foi tão rápida, mas, com toda certeza, muito segura”, conclui o CEO Elziro Vicente Júnior.

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