Um homem, de 32 anos, foi morto a pedradas após tentar defender uma adolescente, de 14 anos, que era agredida por duas pessoas, uma delas, o responsável por abusar sexualmente dela há um ano. O caso foi registrado na madrugada do último domingo (12), em Cascavel, no Oeste do Paraná.
Em entrevista à Ric RECORD Oeste, o delegado da Polícia Civil do Paraná (PCPR) Fabiano Moza apontou que o abusador da adolescente teria justificado o homicídio como forma de proteger um amigo.
“Eles estaria em uma festa. A vítima parou de moto, junto de outro rapaz, e pensou que esse amigo estivesse discutindo com a adolescente. Aí ele teria agredido essa vítima, para defender o amigo. Mas ele não sabia que a vítima tinha morrido”, explicou Moza.
O delegado ainda apontou que o amigo da vítima ainda não foi localizado pela Polícia Civil, que aguarda ele prestar depoimento.
O abusador foi preso em flagrante pelo crime de homicídio qualificado e a Justiça determinou a conversão da prisão para preventiva.
Homem é morto a pedradas ao tentar ajudar adolescente agredida por abusador
Adolescente teria sido ‘vendida’ pela mãe à abusador
Em entrevista a repórter Rafaela Schuinka, da Ric RECORD Oeste, o tenente-coronel da Polícia Militar do Paraná (PMPR) Divonsir de Oliveira Santos relatou que a adolescente teria sido ‘vendida’ pela própria mãe ao abusador.
“(Mãe) teria vendido ela para se prostituir. E ela teria outros irmãos que passaram pela mesma situação. O pai é usuário de drogas. Então não há a menor condição de irmos atrás dessa família para acolhimento. A menina já relatou que o homem, o agressor, havia acolhido ela quando tinha 13 anos”, pontuou.
Para que fosse apurado os abusos sexuais cometidos pelo abusador contra a adolescente, a Polícia Militar procurou o Conselho Tutelar de Cascavel para que eles fizessem uma visita à residência em que ambos moravam, mas o órgão recusou a solicitação.
“Foi feito o contato com o Conselho Tutelar, mas o conselheiro de plantão disse que não iria, mesmo com nossa recomendação. Ele disse que teríamos que falar com a família e respondemos que não era possível, porque essa família estava totalmente desestruturada e essa jovem precisava de acolhimento”, finalizou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Assistência Social de Cascavel disse que “está buscando esclarecimentos sobre o caso”. Além disso, a Secretaria disse que “caso seja constatado o descumprimento de funções, pode encaminhar o caso à Corregedoria Municipal, que avaliará a necessidade de abertura de um processo administrativo”.
A Polícia Militar ainda pontuou que encaminhará um documento para diversas autoridades, incluindo o Ministério Público do Paraná (MPPR), apontando que o Conselho Tutelar de Cascavel já adotou essa postura em outras oportunidades.
(Informações RIC)