Uma notícia está sendo destaque nesta segunda-feira (10). Um paciente, de 30 anos, morreu ao receber um “mata leão” enquanto era levado à força para clinica de recuperação de dependentes químicos. O crime aconteceu em Votuporanga, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (07). Três funcionários foram presos e estão sob investigação por homicídio.
Paulo César Basso morreu no processo de extração, no qual os profissionais buscam um dependente para tratamento a pedido de algum familiar. Em depoimento, os funcionários alegaram comportamento alterado por parte de Paulo e resistia. Por conta disso, segundo eles, precisaram dar um “mata leão”, além da amarrações dos pés e mãos. Ele teria sido levado para o carro da clinica já desacordado.
De acordo com a polícia, a equipe médica da clínica percebeu apenas no local que Paulo César não estava bem. Porém, mesmo sendo levado a Santa Casa da cidade, ele faleceu. Dessa forma, a suspeita é de que tenha ocorrido um excesso na abordagem.
“Ele não era violento. O Paulo ficava isolado quando usava [drogas]. Inclusive, ele ajudava muito todo mundo e fazia tudo o que estava ao alcance dele”, contou uma familiar do paciente, que não quis ter a identidade revelada.
O homem já havia sido internado anteriormente, mas por conta própria, após intermediação do pai. “Ele [pai da vítima] ia até a clínica ver como tudo funcionava e depois falava com o Paulo, que chegou a ser internado por vontade própria, se recuperando e trabalhando em uma clínica como segurança. Mas ele teve uma recaída”, completa.
Por outro lado, os funcionários afirmam em depoimento que o uso da força foi necessário após as resistências do paciente. “São cinco clínicas desde 1988, e cada uma tem 70 pessoas. Infelizmente houve essa fatalidade. A grande questão é que fica parecendo que mandaram matar ele. A própria família contratou a clínica e acabou acontecendo”, relata a defesa da clínica.
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