A detenção do homem ocorreu durante a Operação Artemis. Segundo a Polícia Civil, o suspeito pode cumprir até quatro anos de prisão.
Um homem de 24 anos, que não teve a identidade revelada, foi preso com mais de 500 mídias de conteúdo de pornografia infantil em sua residência, em Nova Mutum (a 243 km de Cuiabá), nesta terça-feira (29).
De acordo com a investigação, parte das mídias armazenadas pelo homem foram criadas com o uso de inteligência artificial (IA). A Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) identificou ainda que ele usava dados e equipamentos de outra pessoa para cometer os crimes e que diversos uploads foram realizados entre os meses de maio e julho, demonstrando a reiteração da conduta, culminando no pedido de prisão.
O delegado da DRCI, Guilherme Fachinelli, responsável pela condução dos trabalhos, destacou a relevância da operação. “A prisão de hoje representa o encerramento de um ciclo estratégico da Operação Artemis. A repressão qualificada aos crimes cometidos em ambiente digital é uma das prioridades da Polícia Civil, sobretudo quando se trata de crimes tão graves como o abuso sexual infantil”, disse.
Operação Artemis
A Operação Artemis, nomeada em alusão à deusa grega protetora das crianças, foi iniciada em 2024, como uma força-tarefa da Polícia Civil, com o propósito de reafirmar o compromisso institucional no enfrentamento aos crimes virtuais e na proteção da infância e juventude.
Nas fases anteriores, mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Tangará da Serra, Pontes e Lacerda e Nova Mutum, sempre com foco em indivíduos suspeitos de armazenar e compartilhar conteúdos envolvendo abuso sexual infantojuvenil.
A DRCI reforça que denúncias sobre crimes cibernéticos podem ser encaminhadas pelos canais oficiais da Polícia Civil e que a colaboração da sociedade é fundamental para a repressão desse tipo de delito.
(Informações RIC)