Redação –
Foi condenado a 28 anos de prisão em regime fechado o homem responsável pelo feminicídio de Mariana Agostinho Defensor, de 32 anos, ocorrido em setembro do ano passado. O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (4), no Tribunal do Júri de Ivinhema.
O réu, Jailton Pereira dos Santos, foi sentenciado a 26 anos e 8 meses de reclusão pelo homicídio qualificado e mais 1 ano e 4 meses por ocultação de cadáver, além de 12 dias-multa. A condenação considerou a brutalidade do crime, que chocou a comunidade local.
Crime com requintes de crueldade
Segundo o Ministério Público, que foi representado pelo promotor Dr. Alan, o crime foi cometido com extrema violência: a vítima foi atingida por 58 facadas, sendo 17 no rosto, o que desfigurou completamente sua face. O feminicídio ocorreu na frente dos dois filhos do casal — uma menina de 3 anos e um menino de 1 ano — que estavam no banco traseiro do carro onde o crime foi cometido.
Após o assassinato, o autor levou o corpo da vítima até um canavial na zona rural de Ivinhema, onde o escondeu a cerca de 8 metros da estrada. Às crianças, o homem disse que “a mãe ficaria dormindo naquele local” e as deixou na casa da avó materna.
Logo após o crime, o autor tentou tirar a própria vida e ficou em coma por três dias, sendo preso preventivamente após despertar, por receio de fuga.
Comoção e mobilização
O julgamento foi acompanhado por familiares e amigos da vítima, além de autoridades locais e membros da comunidade, que acompanharam atentos o desfecho do caso. O crime foi classificado como feminicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e por dificultar a defesa da vítima.
O caso ganhou grande repercussão à época pela crueldade envolvida e por ter sido cometido diante das crianças, o que gerou indignação e pedidos de justiça por parte da população.
