Fronteira Leste – 05/11/2007
Há quem pense que próximo ao Distrito Industrial de Dourados existam apenas grandes áreas de cultivo agrícola, engano; na fronteira leste de Dourados entre a BR – 163 e a MS – 156 está localizado o Grande Jardim Guaicurus onde estão integrados os conjuntos habitacionais Estrela Poravi I e II apelidado pelos próprios moradores como “Cidade de Deus”.
O bairro foi criado para abrigar moradores retirados de fundos de vale. As mais de 800 casas foram construídas para pessoas humildes, que encontraram no novo lar esperança de uma vida mais digna, como é o caso do morador e comerciante do bairro José Cícero Soares, que mora há três anos no local. “O bairro está crescendo, muita coisa mudou, em dois anos foram construídas escola e uma área de lazer, com ajuda do Governo Municipal e da Associação de Moradores do Guaicurus (…) é bom morar aqui”, resume José.
Segundo o secretário de habitação, Jorge Hamilton Marques Torraca, o bairro foi iniciado com um loteamento social e ganhou vida com a construção de casas populares na gestão do prefeito Laerte Tetila. “Ali foram colocadas famílias de baixa renda, algumas viviam em regiões de risco, fundo de vale (…) o bairro está crescendo muito e muitas obras estão sendo concluídas, como a construção de um Centro de Educação Infantil (CEIM) e de uma unidade do Pólo de Educação e Cultura Municipal (Polem) na área ao lado da escola”, disse o secretário.
Para o presidente da Associação de Moradores do Grande Jardim Guaicurus, Elton Hartman, o bairro popular tem uma estrutura que muitos bairros antigos na cidade não têm. “Em três anos nós tivemos várias conquistas, como quadras esportivas, áreas de lazer, espaço cultura e uma grande escola, hoje a luta da Associação é pela sede própria”, destacou ele.
Umas das maiores reivindicações que os moradores levam até o presidente do bairro é a falta de uma adequada passarela para atravessar a rodovia. “O local é muito movimentado e perigoso, principalmente para os bicicleteiros, a população do Guaicurus quer mais segurança no trânsito”, enfatizou ele.
Outra situação problemática para os moradores são os remanescentes de sem-terras que se encontram na entrada do bairro. “O nosso único problema aqui são aquelas famílias que ainda vivem ali na entrada do bairro, mas o jeito é esperar que o governo faça alguma coisa por eles, pois não adianta tirar eles daqui e jogar em outro lugar, ‘tampando o sol com a peneira’”, disse Hartman.
Fonte: Folha de Dourados