Juliel Batista –
A deputada estadual Gleice Jane (PT) esteve na manhã desta terça-feira (9) na sede da Polícia Federal, em Campo Grande, onde se reuniu com o superintendente Carlos Henrique Cotta Dangelo para tratar da ameaça de morte, da qual vem sendo vítima. O caso ganhou repercussão no último domingo (7), após a parlamentar tornar pública a situação.
Inicialmente, Gleice Jane havia registrado o boletim de ocorrência na Polícia Civil, na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Dourados. No entanto, por entender que as ameaças têm cunho político e eleitoral, a deputada decidiu encaminhar o caso à Polícia Federal.
Segundo a parlamentar, as ameaças foram enviadas por meio de seu WhatsApp pessoal. As mensagens continham ofensas diretas e uma ameaça explícita de morte, com a frase “você vai morrer”. O autor ainda encaminhou links de perfis ligados a pessoas do Partido Liberal (PL) e fez questionamentos envolvendo sua atuação política, sua condição de mulher e sua posição como figura pública.
Para Gleice Jane, o episódio configura violência política de gênero. Em manifestação pública nas redes sociais, a deputada afirmou que esse tipo de ataque representa ações da extrema direita contra a participação das mulheres na política e relacionou esse comportamento ao aumento dos índices de violência e feminicídio no país.
Durante a mesma manifestação, a parlamentar também fez um chamado em referência ao Dia de Luta das Mulheres, celebrado em 7 de dezembro, reforçando o apelo: “Parem de nos matar”.
Gleice Jane orientou ainda que mulheres vítimas de qualquer tipo de ameaça procurem uma delegacia e registrem boletim de ocorrência. “Nenhuma de nós pode ser silenciada. Estar na política também é um direito nosso”, afirmou.
Agora, com o encaminhamento à Polícia Federal, o superintendente Carlos Henrique Cotta Dangelo ficou de analisar se o caso é também de competência da PF.


