Acusada desde o início deste ano de ter privilegiado a contratação de profissionais em Processo Seletivo da Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (Funsaud), a diretora-técnica, Ângela Maria Azevedo Cardoso Marin, agora é alvo do Conselho Curador da entidade que abriu processo administrativo para investigar a conduta dela à frente do cargo.
A decisão foi tomada depois que a maioria dos conselheiros acatou a denúncia apresentada contra Ângela Marin em reunião extraordinária ocorrida na quarta-feira passada (08), já que membros subordinados ao prefeito Alan Guedes (PP) têm protelado a apuração dos fatos.
Na verdade, o processo administrativo irá apenas referendar aquilo que Ângela Marin já reconheceu em documento interno da Funsaud de que houve sim fraude na contratação de profissionais. Resta apenas responsabilizar os culpados, já que a suspeita se defende acusando os ex-diretores Alexsandro dos Santos Andrade (Administrativo) e Milton Pedreira (Presidente) pelo dolo.
No documento, Angela Marin, confirmou que existiu o “vazamento de informação antecipada sobre a realização do certame em reuniões com profissionais da funsaud”. E, mais que isso, revelou “que tais informações foram amplamente repassadas a terceiros, tanto que chegaram a receber currículos de profissionais antes mesmo da Publicação do Edital do Processo Seletivo”.
Como a ata da reunião (que a Folha de Dourados teve acesso) ainda não foi publicada, os conselheiros legalistas temem manobra da atual direção, com apoio de conselheiros vinculados ao prefeito, para anular o processo administrativo, o que pode judicializar o caso.
Enquanto isso, a saúde pública de Dourados continua na UTI, com falta de médicos na UPA, nos postos de saúde, medicamentos nas farmácias, enfim, um caos sob a administração de Alan Guedes.
