O Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) descreve Lana da Silva Gonçalves, de 26 anos, como uma mulher fria e sádica. Ela é apontada como peça-chave na quadrilha liderada pelo marido, Kleyton de Souza Silva, conhecido como “Tom”, principal alvo da Operação Blindagem, deflagrada para desarticular esquema de tráfico de drogas, armas e extorsões comandados de dentro de presídios.
Para os promotores, Lana deve permanecer presa por tempo indeterminado, não apenas pelo papel relevante que desempenhava na organização, mas também pela sua periculosidade. Segundo o pedido do Gaeco, ela não atuava como figura secundária: além de cuidar da contabilidade do grupo, era responsável por movimentações financeiras, registros de bens de alto valor e abertura de empresas de fachada, facilitando a lavagem de dinheiro.
Mensagens interceptadas mostram que Lana demonstrava satisfação diante da violência praticada pela quadrilha. Em um dos diálogos, quando Kleyton enviou foto de um comparsa apontando arma para um devedor, ela respondeu com risadas e a frase: “Eita coisa boa”. Em outra ocasião, incentivou o marido a mostrar vídeos de extorsões e sequestros.
De acordo com o Campo Grande News, os promotores destacam que Lana também participava ativamente das cobranças de dívidas ligadas ao tráfico e à agiotagem, reforçando o caráter violento da organização.
Além dela, outras mulheres foram identificadas com funções relevantes dentro do esquema, como advogadas, intermediadoras de transporte de drogas e responsáveis por movimentações financeiras. A operação cumpriu 76 mandados de prisão e busca, envolvendo 12 mulheres entre os alvos.
