A mulher de 43 anos, suspeita de matar a facadas o fisiculturista e personal trainer Valter de Vargas Aita, de 41 anos, passou por audiência de custódia e teve a prisão temporária decretada nesta terça-feira (10), em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.
Suspeita era esposa da vítima e permanece internada em um hospital do município. Valter foi encontrado morto nas escadas do prédio onde morava, próximo à porta de entrada. Já a mulher foi localizada ferida dentro do apartamento.
Despedida do fisiculturista
O corpo de Valter foi trasladado para Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde foi sepultado na tarde de terça-feira (9). O velório ocorreu no Memorial São Martinho, na Avenida Evandro Behr, no município gaúcho.
Suspeita tinha mandado de prisão por latrocínio
A suspeita, que teve a prisão decretada, possuía um mandado de prisão em aberto no Rio Grande do Sul. Ela já havia sido condenada a 15 anos de reclusão por latrocínio.
Segundo o delegado Rodrigo Moura, responsável pelo caso, a investigação continua na fase inicial e busca esclarecer a motivação do crime, além de verificar se houve participação de terceiros. A suspeita poderá responder por homicídio qualificado.
Como aconteceu o crime
Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu dentro do apartamento do casal, localizado na rua Sete de Setembro, no centro de Chapecó. Nas primeiras horas da manhã, vizinhos ouviram uma discussão intensa, descrita como briga de casal.
Instantes depois, uma moradora relatou que, ao olhar pelo olho mágico da porta, viu Valter ensanguentado e sem roupas tentando sair do prédio. Durante a fuga, ele deixou rastros de sangue pelos corredores e escadas até cair desacordado.
A perícia constatou diversos golpes de faca no abdômen, costas, rosto e pescoço do fisiculturista. A esposa também foi atingida com golpes de faca dentro do apartamento. Socorrida em estado grave, ela foi encaminhada ao hospital, onde permanece sob custódia policial.
Mãe de fisiculturista relata sobre a nora
Emocionada, a mãe de Valter, Geci de Vargas Aita, compartilhou detalhes sobre a vida do filho e a relação próxima entre os dois. Ela contou que, após perder o pai com apenas 2 anos e meio, cuidou dele como pôde.
“Montamos uma academia em casa para que ele pudesse trabalhar e se dedicar ao fisiculturismo. Ele era um rapaz simples, de bom coração, mas enfrentou muitas dificuldades com pessoas que o discriminavam ou criticavam por ser atleta”, relembrou.
Geci também comentou sobre a relação de Valter com a esposa suspeita do crime. Segundo ela, Valter conheceu a mulher na academia.
“Ela dizia que tinha que se casar com Valter e chegou a ameaçar dizendo que tinha capangas para mandar matá-lo”, contou.
Com o tempo, a esposa começou a criar confusão na vida do filho e na dela própria. “Meu filho nunca imaginaria que alguém faria isso com ele. Ele sempre foi uma pessoa de bom coração, íntegro e dedicado”, disse Geci.
Fisiculturista dizia estar solteiro
Camille, amiga de Valter, conheceu-o em agosto quando começaram a trabalhar juntos em uma academia de Chapecó. Ela o descreve como uma pessoa íntegra, educada e respeitadora, que amava sua profissão.
“Nós tínhamos uma parceria ótima, e aos poucos ele foi compartilhando comigo sonhos e planos. Ele dizia estar solteiro, o que nos surpreendeu quando a notícia de que ele era casado veio à tona”, contou.
Outra colega de academia, que o conhecia desde abril, reforçou a imagem de Valter como um profissional dedicado, centrado, e sempre de bem. “Ele demonstrava uma verdadeira paixão tanto pela profissão quanto pelo fisiculturismo”, destacou.
(Informações ND +)
