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Fim da Folha, tentáculos da farra, licenças ambientais, sigilo violado e tiro no pé

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José Henrique Marques –

Tá dito: “Mesmo nossa própria dor não é tão pesada como a dor co-sentida com outro, pelo outro, no lugar do outro, multiplicada pela imaginação, prolongada em centenas de ecos” (Milan Kudera – A insustentável leveza do ser)

José Henrique Marques –

Fim – A Folha de S.Paulo não circula mais em Dourados depois de quase cinco décadas. A entrega de exemplares impressos, claro, aos assinantes, entre eles a esse escriba, foi interrompida em 29 de julho. Agora só online. Novos tempos, novas mídias, novos leitores.

Tentáculos – Se o Ministério Público ou uma CPI investigar para valer, o caso conhecido como “farra da publicidade” extrapolará os limites territoriais de Dourados, avançando, por exemplo, até Campo Grande, Jaraguari, Caracol e Nioaque.

Jeitinho – Incorporadora teria encaixado pistolão em Prefeitura da Grande Dourados para resolver muitos problemas com licenças ambientais atropeladas na construção de condomínios de alto padrão. Seria dívida de campanha. Tem muita gente de olho no Diário Oficial.  

Justiça – Trecho do despacho da promotora Rosalina Cavagnolli sobre denúncia do farmacêutico Racib Harb no caso do médico Davi Tibiriça, que recebe cerca de R$ 12,6 mil mensais da Secretaria de Saúde mesmo morando em Ribeiro Preto-SP: “Oportuno o registro, claro e expresso de que a atuação deste órgão Ministerial jamais será instada ou utilizada como instrumento para a satisfação de interesses políticos-partidários de cidadãos que registram de forma reiterada e contínua reclamações na Ouvidoria do Ministério Público, sob o suposto interesse de tutelar direitos de toda a coletividade, mas que, na realidade, suas manifestações são travestidas de intuitos egoísticos, individualistas e que visam única e exclusividade à promoção da figura dos agentes no âmbito político.”

BO – A Polícia Civil de Dourados já instaurou inquérito para apurar o nome do policial que vazou à imprensa boletim de ocorrência (sigiloso) onde a vereadora Lia Nogueira (PP) é acusada de ameaçar a ex-assessora Patrícia Brandão. Suspeita-se alguém tenha emprestado senha (exclusiva) do sistema de segurança pública a um jornalista.

Tiro no pé – A ofensiva do prefeito Alan Guedes (PP) para calar (como se fosse possível) Lia Nogueira, ordenando que vereadores subordinados instalassem comissão processante para cassar o mandado dela foi débil. Nas redes sociais, nos bastidores e nos botequins é quase unânime o entendimento de que querem cassa-la para estancar a sangria da farra da publicidade. O povo está com ela.

Uma medida – Nota pública do vereador petista Elias Ishy: “Assinei o pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar indícios de irregularidades na aplicação de verba pública na publicidade da Câmara de Dourados, proposta nesta segunda-feira, dia 9 de agosto de 2021, pela vereadora Lia Nogueira. Desta forma, foi minha atitude com voto favorável a abertura de Comissão Processante da vereadora Lia Nogueira, também na sessão do dia 9, por quebra de decoro parlamentar – “afronta a dignidade do Poder Legislativo e apologia e incitação ao crime”. Isso não significa a cassação, mas uma investigação da denúncia protocolada na Casa de Leis. Isso porque, como legislador, é meu dever analisar os fatos e diante das denúncias apresentadas à esta Câmara, assinei favorável à abertura da Comissão. Agora cabe a parte técnica dos membros, de investigar e trazer explicações à sociedade e atribuição de responsabilidades, independente de questões políticas”.

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