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Festas de Ano-Novo pedem atenção redobrada com crianças na água

As festas de Ano-Novo são, para muitas famílias, sinônimo de descanso, viagem, reencontro e água por perto. Seja na praia, no sítio, à beira de um rio, em clubes ou até no quintal de casa, piscinas e ambientes naturais acabam se tornando o principal ponto de diversão das crianças.

Mas é justamente nesse período que o risco de acidentes aumenta — e quase sempre, por descuidos que parecem pequenos.

Especialistas e equipes de resgate alertam: afogamento é silencioso, rápido e pode acontecer em menos de dois minutos. Não há gritos, não há pedidos de socorro. Muitas vezes, acontece ao lado de adultos.

Supervisão constante: não é exagero, é necessidade

A principal recomendação é simples e, ao mesmo tempo, a mais difícil de ser seguida: criança nunca deve ficar sozinha na água.

E supervisão não significa “dar uma olhada de vez em quando”.

Em festas, o ambiente costuma estar mais barulhento, com conversas, música, bebidas alcoólicas e muita gente circulando. É comum que um adulto ache que o outro está cuidando. E aí mora o perigo.

A orientação é que haja sempre um adulto responsável exclusivamente pela criança, sem celular na mão, sem distrações e sem consumo de álcool. Em grupos grandes, o ideal é combinar revezamentos claros entre os responsáveis.

Piscinas: cuidado mesmo quando parecem seguras

Piscinas residenciais ou de clubes passam uma falsa sensação de segurança.

Mas dados de socorristas mostram que a maioria dos acidentes com crianças acontece justamente em piscinas, muitas vezes rasas.

Alguns cuidados essenciais:

• Crianças pequenas devem usar boias apropriadas, coletes salva-vidas ou flutuadores certificados — e mesmo assim, com adulto por perto.

• Nunca confiar apenas em boias infláveis simples.

• Piscinas devem ter portões, cercas ou tampas de proteção, sempre que possível.

• Após o uso, retirar brinquedos da água. Eles atraem a criança de volta para a piscina.

Rios, lagoas e represas: perigos que não aparecem

Ambientes naturais exigem atenção redobrada.

Rios e lagoas podem esconder buracos, pedras, galhos, correntezas e variações bruscas de profundidade. Mesmo quem conhece o local corre riscos.

Para crianças, o perigo é ainda maior:

• Evite áreas sem sinalização ou presença de salva-vidas.

• Nunca permita mergulhos, principalmente em locais desconhecidos.

• Correntezas podem arrastar uma criança em segundos, mesmo em águas aparentemente calmas.

Mar: diversão que pede respeito

Na praia, além da vigilância constante, é importante observar:

• As bandeiras de sinalização, que indicam risco de afogamento.

• Evitar horários de mar mais agitado.

• Orientar a criança a não entrar sozinha e sempre permanecer onde o adulto alcança.

• Cuidado com valas formadas pela maré, que podem derrubar a criança repentinamente.

Bebida alcoólica e distração: combinação perigosa

Durante festas de Ano-Novo, o consumo de álcool aumenta — e isso impacta diretamente na atenção dos adultos.

Diversos acidentes acontecem porque o responsável estava conversando, usando o celular ou havia ingerido bebida alcoólica.

A regra é clara: quem está responsável por criança na água não bebe.

Saber agir pode salvar vidas

Mesmo com todos os cuidados, acidentes podem acontecer. Por isso:

• Aprender noções básicas de primeiros socorros é fundamental.

• Em caso de afogamento, retire a criança da água e acione imediatamente o socorro.

• Nunca subestime um episódio de engasgo ou afogamento leve: a criança deve ser avaliada por um profissional de saúde.

Cuidar também é permitir que a festa continue

As festas de Ano-Novo são momentos de alegria, mas também de responsabilidade.

Cuidar não é exagero, não é medo — é amor em forma de atenção.

Quando adultos assumem o cuidado de forma consciente, a água continua sendo espaço de brincadeira, não de tragédia.

E o que fica, ao final da virada, são memórias felizes — como deve ser. (Dourados News)

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