Desde 1968 - Ano 56

31.5 C
Dourados

Desde 1968 - Ano 57

InícioPolíciaFeijoada envenenada: 'serial killer' confessou matar 10 cachorros para testar 'chumbinho'

Feijoada envenenada: ‘serial killer’ confessou matar 10 cachorros para testar ‘chumbinho’

Uma das mulheres envolvidas na morte de um idoso com uma feijoada envenenada confessou à polícia ter matado 10 cachorros com chumbinho. O objetivo era testar o efeito do veneno.

O delegado que investiga o caso, Halisson Ideiao, explicou que agentes encontraram terbufós na residência de Ana Paula Veloso, definida por ele como “psicopata” e “serial killer”.. Trata-se de um agrotóxico um pouco mais leve que chumbinho. Halisson afirma que Ana Paula testou a substância por ter conhecimento na área da saúde.

“Ela confessa que chegou a matar 10 cachorros com esse veneno testando o método, o tempo. Ela sabia exatamente quanto tempo, a dosagem, o que ia acontecer com as pessoas que consumiam aquilo que era oferecido por ela”, afirmou Halisson.

Ao g1, o delegado afirmou que a polícia de São Paulo também investiga a participação de Roberta, irmã gêmea de Ana Paula. “Ela participou ativamente da morte do Neil também, dando auxílio moral e material”.

Ana Paula Veloso, presa por envenenar vítimas em Guarulhos, São Paulo — Foto: Reprodução

Ana Paula Veloso, presa por envenenar vítimas em Guarulhos, São Paulo — Foto: Reprodução

O delegado definiu Ana Paula como uma “psicopata”. Ele veio de São Paulo para acompanhar a exumação do corpo de Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, morto em abril deste ano.

O delegado afirmou que Michele Paiva da Silva, filha de Neil, financiou a vinda de Ana Paula Veloso de Guarulhos para o Rio para executar o plano de matar Neil. Ambas estão presas — Michele foi pega nesta terça-feira (7).

Michele, presa nesta semana por matar o próprio pai no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

Michele, presa nesta semana por matar o próprio pai no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

“Ana Paula Veloso foi até a nossa delegacia por causa de um suposto bolo envenenado dentro de uma faculdade. Ela colocou esse suposto bolo envenenado para tentar incriminar uma terceira pessoa. Por este inquérito, chegamos à conclusão de que Ana Paula não era vítima nesse caso, mas sim uma serial killer”, declarou.

“Ana Paula matou 4 pessoas envenenadas, entre elas o Neil, a mando da Michelle”, disse o delegado.

Neil, vítima de envenenamento na Baixada Fluminense — Foto: Reprodução

Neil, vítima de envenenamento na Baixada Fluminense — Foto: Reprodução

Exumação

A Polícia Civil do RJ iniciou nesta quinta-feira (9), no Cemitério Memorial do Rio, em Cordovil, Zona Norte da capital, a exumação do corpo de Neil. O exame é necessário para descobrir se houve envenenamento.

Neil morreu no Hospital Adão Pereira Nunes, na Baixada Fluminense, horas depois de consumir a feijoada. A polícia suspeita de envenenamento, embora a certidão de óbito do aposentado aponte como causa da morte insuficiência respiratória aguda, cetoacidose diabética, parada cardiorrespiratória e crise convulsiva.

Segundo a polícia, as investigações demonstraram conexão entre a morte ocorrida na Baixada Fluminense e outros 3 envenenamentos em Guarulhos (SP), todos atribuídos a Michele e Ana Paula.

Michelle, suspeita de matar o pai envenenado com feijoada, é presa — Foto: Reprodução

Ao jornal ‘O Globo’, o delegado Renato Martins, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), explicou que já investigava a morte suspeita do aposentado, após a denúncia feita por uma testemunha, quando a polícia paulista procurou a especializada para informar que Ana Paula havia sido presa.

Ana foi denunciada pelo Ministério Público de São Paulo pelas mortes relacionadas ao envenenamento.

Segundo as investigações, Michele e Ana Paula estavam na companhia do aposentado, no interior da residência dele, em Duque de Caxias, quando o idoso passou mal, após comer uma feijoada.

Uma quebra de sigilo telefônico, autorizada pela Justiça, revelou que no celular usado por Ana havia conversas das duas mulheres. Segundo a polícia, uma das mensagens falava sobre a hipótese do pai de Michele ser envenenado com uma feijoada. Conforme as investigações, pai e filha não mantinham um bom relacionamento.

A estudante foi detida após ter tido a prisão temporária decretada pela Justiça de São Paulo. Informalmente, ela negou o crime, e chorou ao chegar na delegacia.

(Informações G1)

- Publicidade -

ENQUETE

MAIS LIDAS