José Henrique Marques –
Um silêncio sepulcral tomou conta do plenário da Câmara Municipal de Dourados enquanto a jornalista e vereadora Lia Nogueira (PP) denunciava, na tribuna, de posse de um camalhaço de documentos comprobatórios, uma suposta “farra da publicidade” durante o período (2019-2020) em que o prefeito Alan Guedes (PP) presidiu o Legislativo. Os vereadores ouviram a fala da vereadora atônitos. O único que se manifestou foi Maurício Lemes (PSB) – com críticas ao Requerimento exigindo explicações endereçado ao prefeito e ao secretário de Governo e ordenador das despesas com a Comunicação, Henrique Sartori. Para ele, esse assunto é de competência do Ministério Público Estadual e não, pasmem, da Câmara. Aproveitando a deixa, a líder do prefeito, Daniela Hall (PSD), tentou numa manobra inédita retirar o Requerimento no fim da sessão – em vão. A verdade é que o caso pode respingar em ex-presidentes e ex-membros da Mesa Diretora que teriam sido coniventes ou omissos caso as irregularidades sejam comprovadas. A repercussão imediata na imprensa e nas mídias sociais inibiu aprovação a toque de caixa de um projeto de lei de Alan Guedes estabelecendo a volta às aulas em plena pandemia. Desesperados, membros do gabinete do ódio mandam recados de retaliação aos jornalistas, entre eles esse escriba. Venham, canalhas! Munição há de sobra.
