Mariana Reginato –
Horas depois de assumir seu segundo mandato, Donald Trump anunciou a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS). O presidente já havia tentado realizar essa ruptura, mas Biden havia revertido quando assumiu.
Mas o que significa a saída dos EUA da OMS?
Segundo Trump, a OMS exigia pagamentos “injustamente onerosos” e em 2020, o presidente já havia se retirado da organização no meio da pandemia de Covid-19, congelando o envio de dinheiro à organização.
A decisão atual retoma o conflito na pandemia e Trump mencionou que a OMS teve uma má gestão da pandemia, além de “incapacidade de demonstrar independência da influência política inapropriada dos estados-membros das OMS”.
A saída do país impacta majoritariamente na quantidade de recursos que serão cortados da OMS. Os Estados Unidos são o principal país doador da organização. Após o anúncio, a OMS lamentou a decisão e compartilhou em nota: “Juntos, acabamos com a varíola e, juntos, levamos a poliomielite à beira da erradicação. As instituições americanas contribuíram e se beneficiaram da filiação à OMS”.
No Brasil
Já no Brasil, a OMS deve manter um papel cada vez mais importante. Em 2024, o país saiu da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas no mundo. A diminuição de crianças vacinadas nos anos anteriores está muito ligada à hesitação vacinal e negacionismo após a pandemia de Covid-19.
Para um país que sempre teve a cultura vacinal muito bem consolidada, as taxas assustaram mas já foram revertidas com o trabalho da Organização Mundial da Saúde.