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Erro do ‘mito’, ‘fujona’, tráfico x conflito agrário, ‘fantasma’, ‘mea culpa’ do MDB e Tiago x Marçal

Juca Vinhedo

A moral é o cerne da pátria. A corrupção é o cupim da República. República suja pela corrupção impune toma nas mãos de demagogos que a pretexto de salvá-la a tiranizam.” (Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte, em 05/10/1.988)

Ponto de vista

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria cometido um “erro” ao definir a coligação de seu partido com o PSDB em Mato Grosso do Sul, incluindo a aliança dos dois partidos em Dourados. A afirmação foi feita na semana passada pelo presidente nacional do PP (Partido Progressistas), senador Ciro Nogueira (PL-PI), que foi chefe da Casa Civil durante o Governo Bolsonaro. O dirigente deixou transparecer que preferia seu partido apoiando o prefeito e candidato à reeleição Alan Guedes.

Apesar de tudo

Mesmo com esse desencontro na forma de analisar o quadro político, o senador Ciro Nogueira disse que se mantém leal, de forma incondicional, ao ex-presidente Bolsonaro. O mesmo pensamento tem a senadora Teresa Cristina (PP-MS), que também apoia a reeleição de Alan Guedes (PP) em Dourados e da prefeita Adriane Lopes, em Campo Grande. Já o PL da capital apoia a candidatura do deputado federal Beto Pereira e em Dourados, do tucano Marçal Filho.

Voando alto

A boa avaliação do prefeito Paulo Franjotti (PSDB), de Japorã, está refletindo no desempenho eleitoral do seu candidato a prefeito, o ex-secretário municipal de Agricultura, Malaquias (PSDB). De acordo com o Instituto Ranking, o tucano tem 60% das intenções de voto, enquanto Gil Perin (PSD), está com 20%; e Cesar Bispo (PSOL) com 5%. Outros 15% dos entrevistados não sabem ou não responderam.

“Prefeita fujona”

No Brasil, é comum os candidatos a cargos majoritários (prefeito, governador ou presidente) faltarem a debates eleitorais, quando se julgam em boa posição diante das pesquisas. Com isso, evitam ser confrontados com perguntas incômodas, dos adversários ou da imprensa. É o caso da prefeita de Campo Grande Adriane Lopes (PP), que faltou ao debate promovido na terça-feira (17) pelo Fórum de Cultura de Campo Grande. A pecha de “prefeita fujona” foi dada pela candidata Camila Jara (PT).

Dia para a história

Apesar de 21 de setembro ser o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência, será a data 18 de outubro que ficará na história deste segmento populacional em Dourados. Neste dia deverá ser inaugurado o CER – Centro Especializado em Reabilitação, cujas obras ficaram prontas há quase sete anos.  Agora, finalmente, a unidade vai iniciar o atendimento ao público alvo. Feliz com a definição, está o deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS), que conseguiu os recursos para a estrutura em 2012, junto ao Programa “Viver sem Limites”, do Ministério da Saúde.

Requerimento fantasma

A senadora Soraya Thronicke (União-MS) figura na lista de 34 membros da Câmara Alta que estariam indefinidos em relação a um provável pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A lista foi produzida pelo site “votosenadores.com.br”. Detalhe: não existe nenhum requerimento formal e recente de “impeachment” no Senado Federal e por isso, nenhum senador assinou tal suposto pedido.

“Mea culpa” peemedebista

“Não votei nele na eleição passada, mas, hoje, não vejo ninguém em melhores condições do que ele. (…) No final da administração anterior, não tinha limpeza pública, tapa-buracos, trocas de lâmpadas, medicamentos, escolas e postos de saúde, uma lástima”. As afirmações são do ex-vice-prefeito e ex-secretário municipal de Fazenda Odilon Azambuja, referindo-se ao prefeito e candidato à reeleição Alan Guedes, em “carta aberta” à população douradense. O detalhe é que Azambuja é do MDB, partido que apoia a candidatura de Marçal Filho à prefeitura douradense.

Novo debate

A Rádio Grande FM, um dos veículos com mais tradição na realização de debates entre candidatos a prefeito em Dourados, marcou para o próximo dia 1.º de outubro o confronto entre os prefeitáveis para as eleições deste ano. A cinco dias do pleito, será a oportunidade para quiser consolidar ou redefinir sua posição na preferência do eleitorado. O evento será no auditório da UFGD, no antigo CEUD. O debate de sábado passado, promovido pela Associação Comercial e Empresarial de Dourados (ACED), foi transmitido pela Rádio Cidade FM.

Tráfico versus conflito agrário

O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, culpou os “índios paraguaios a serviço do tráfico de drogas” pelo acirramento de conflitos por terras em Mato Grosso o sul.  A afirmação foi feita após registro da morte de um indígena, em confronto com a polícia durante a madrugada desta quarta-feira (18), em território Nanderu Marangatu, no Município de Antonio João. A morte ocorreu durante ação da Polícia Militar na região.

Avanços na saúde

Em avanço bastante esperado por muitas famílias que têm crianças com transtornos neutológicos (que causam convulsões, por exemplo), a Assembleia Legislativa de MS aprovou Projeto de Lei do deputado Pedro Kemp (PT), que assegura o acesso a medicamentos e produtos à base de canabidiol e tetrahidrocanabinol para tratamento desses problemas de saúde. A matéria segue para sanção do Poder Executivo.

BASTIDORES DO PODER

Quem fala mais?

Os candidatos a prefeito de Dourados Marçal Filho (PSDB) e Tiago Botelho (PT) protagonizaram um bate-boca, essa semana, no auditório do Senai local. Botelho estava saindo de uma entrevista, e Marçal chegando para sua vez. O candidato petista então perguntou ao tucano a razão da falta deste ao debate realizado sábado (14) na ACED.

Marçal respondeu que preferiu fazer uma caminhada com o governador Eduardo Riedel (PSDB). Em seguida, Tiago Botelho acusou Marçal Filho de fugir do debate, ao que Marçal Filho afirmou: “a população entende muito mais eu do que você. Eu prefiro o contato com a população”.

Tiago Botelho retrucou: “eu estou mais preparado do que você”. No confronto entre um professor e um radialista, é difícil dizer quem tem mais intimidade com a retórica, para convencimento do público alvo. O certo é que os candidatos que compareceram ao debate da ACED, estavam ansiosos para colocar o radialista “na parede” e não tiveram essa oportunidade.

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