02/10/2018 08h46
Por: Folha de Dourados
Vereador em Dourados por cinco mandatos e com sólida base política na igreja católica e nos movimentos sociais, Elias Ishy (PT) estreia nesse ano na corrida por uma das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Em 2010, foi candidato a deputado federal e teve 11 mil votos em todos os municípios do Estado, dos quais 5,5 mil em Dourados e 2 mil em Campo Grande. Nas eleições de 2016, teve 3.087 votos, sendo o mais votado entre os reeleitos.
Tido como uma das reservas morais do PT de MS, o vereador visitou a Folha de Dourados e afirmou que sua campanha está fundamentada no tripé moralidade pública com ética na política, participação social e transparência nos órgãos públicos.
Elias Ishy acredita que as mudanças necessárias na condução da coisa pública “passam pela participação da sociedade civil organizada”. “Na Assembleia serei um fiscal do povo e levarei à imprensa, aos movimentos sociais, enfim à sociedade, as pautas de interesse público para que possam ser debatidas, assim como fiz na luta contra as queimadas de canaviais que repercutiu em todo o Estado”, diz ele, frisando que será um “mediador” entre o Legislativo estadual e a população.
Aposentado da Caixa Econômica Federal há cinco anos, Elias Ishy pretende rediscutir a composição do Tribunal de Contas. “Não faz sentido quatro de seus membros serem indicados pela AL e três pelo governador com aval dos deputados”, afirma. Para ele, essa estrutura permite que “aos amigos os benefícios da lei, aos inimigos os rigores da lei”, numa alusão à célebre frase do pensador Nicolau Maquiavel.
O candidato também defende transparência nas licitações públicas para inibir a corrupção. Pretende ainda lutar pela educação em tempo integral com participação social junto à comunidade escolar, além de trabalhar para melhorar os serviços da saúde pública, “que é muito ruim”.
Em dobradinha com a candidata petista Gleice Jane, que concorre à Câmara Federal, Elias Ishy faz campanha “com muitas dificuldades e pouco material produzido com recursos próprios”, mas está otimista com a presença de “voluntários em todo o Estado”.
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