Logo estaremos escolhendo o prefeito municipal e os 19 postulantes ao poder legislativo em Dourados. Nem eles estamos encontrando na rua, por acaso, encontrei-me com um a vereador no mercado. Afirmou-me da dificuldade nessa campanha, pois tem muitos “amigos” e contava com votos deles e parentes. Descobriu que tem quatro candidatos na família, cada um numa coligação majoritária ainda com candidato a prefeito diferente. Existem outros agregados também o que tem tornado difícil ainda mais, os chamados contraparentes.
O tempo é curto, quando sai ao bater numa porta de um conhecido ou parente, geralmente idoso logo ele diz que não vai votar porque está dispensado. Outra desculpa é o medo do COVID, muitos não chegam perto, nem convidam para entrar e tomar um cafezinho como era antigamente.
Respondi a ele que isso está acontecendo com a maioria, são 347 postulantes, vai depender da criatividade de cada um. Política é algo que se faz sempre, principalmente a da boa vizinhança, independente de ser parente ou não, sempre se valoriza o convívio, ninguém se esquece daquele parabéns por telefone no dia do aniversário. Quando de uma convalescença ao receber a visita do parente ou do conhecido, isso é também muito valorizado, pesa lá na frente, principalmente na época da política.
Hoje nos velórios está limitado a presença dos parentes e conhecidos, o choro ajudava muito antigamente, a família ficava emocionada e rendia votos. A presença e o conforto nisso, algo que era tradição, sempre foi valorizado, tudo está dificultando o contato com o eleitorado.
Quem tiver uma boa assessoria pode colher dividendos e quem plantou uma boa semente lá atrás. Semear agora ainda mais nesta época é difícil ter uma boa colheita, vai decepcionar muita gente com os tais amigos e parentes.
No fundo todo mundo diz que vota para não desagradar o amigo, mas o voto é secreto, ninguém sabe. Se eleito muitas vezes festeja junto, se não for eleito desaparece e vai festejar com em outra freguesia como diz o português.
