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Délia pode repetir Ari e se eleger contra tudo e contra todos

24/05/2016 15h06

Délia Razuk pode repetir Ari Artuzi e se eleger prefeita contra tudo e contra todos

Por: Folha de Dourados

(*) Valfrido Silva

Contra tudo e contra todos, bem dito, os poderosos de plantão. Délia Razuk, sempre a mais votada em todas as empreitadas eleitorais que encarou até agora em Dourados, pôs na cabeça que quer porque quer, de volta, a cadeira que passou a Murilo Zauith no pós-Uragano dizendo que tem “apenas” o tal do povão ao seu lado. Há anos amassando barro na periferia, ela vê o resultado de seu trabalho refletido nas pesquisas de opinião pública. Tanto assim que o governador Reinaldo Azambuja, patrocinador da candidatura de seu principal adversário, Geraldo Resende, apressou-se em dizer durante sua passagem pela decadente Expoagro que não é hora de se preocupar com pesquisa, citando seu próprio exemplo na ainda recente refrega com o então senador “de todos”, o agora presidiário Delcídio do Amaral.

Dois bons discursos. Tanto o da vereadora, numa pindaíba danada para tocar a campanha, como o do governador, com a burra cheia, mas naturalmente preocupado em deixar para abrir a mala preta apenas na reta de chegada, como, aliás, fazem todos os bons investidores neste que é um dos negócios de maiores e melhores retornos da política brasileira. Até porque, no caso de Azambuja, nas baias da velha cancha do Jóquei Clube um potrilho recém-chegado das barrancas do Ivinhema e cuidadosamente tratado com alfafa japonesa ameaça repetir o feito de um pangaré montado por um guasca “felomenal” que, também recém-chegado, só que dos pampas, às terras de seu Marcelino, e fazendo da prefeitura trampolim, só não virou governador do Estado porque, como animal de pelo curto, como André Puccinelli dizia sê-lo, fora mandado para um presídio de segurança máxima e não para um manicômio. E deu no que deu.

A propósito do “animal de pelo curto”, parece ser esta, senão a estratégia, pelo menos a tendência de Délia Razuk. Até porque uma leitura mesmo que en passant das pesquisas aponta que é com ela que é mais afeiçoado o eleitorado do finado Valdecir. Nem tanto “felomenal” quanto ele, mas com uma candidatura pé no chão, literalmente, pois que nascida e lastreada apenas no trabalho social que ela faz na periferia desde que chegou a Dourados. E com menos espalhafato, já que a vereadora não é de sair por aí com uma ambulância despejando doentes pelas portas dos hospitais nem pegando no guatambu para arrancar tachões de ciclo-faixas ou para ajudar a limpar terrenos baldios como fazia o Valdecir.

Estratégia ou obra do destino, no entanto, no que mais Délia Razuk parece repetir Valdecir Artuzi é na “escolha”, como se isso fosse possível, do ou dos adversários, e, aí, somando-se a “vantagem” de seus apoiadores, nesses tempos em que não passam despercebidos da Polícia Federal nem mesmo os retornos do capim gordura plantado como se fosse grama nos acostamentos das rodovias, para que sobre mais dinheiro para quadrilhas como as da lama asfáltica. Geraldo Resende, tal qual Murilo Zauith quando derrotado por Ari Artuzi, o candidato do governo do Estado, sem contar o prometido, ou pretendido, apoio também do próprio Murilo, que não era prefeito, mas já naquela época estava doidinho para sê-lo (em tempos Michel Temer não fica feio repetir, à lá Puccinelli, a ênclise, as próclises e as mesóclises). Nanicos e sonhadores à parte, o outro adversário, Renato Câmara, o candidato de André Puccinelli. Neste caso, desde que verdadeira aquela história de que o castigo vem a cavalo, que Cláudio Iguma reforce o estoque de alfafa para o potro do genro, ou alguém tem alguma dúvida de que todas estas derrapagens de André Puccinelli na lama asfáltica já não é coisa do Valdecir, lá das alturas ou, que seja, das profundezas do inferno!

(*) Jornalista e blogueiro

Vereadora Délia Razuk

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