A defesa do influenciador Hytalo Santos e de seu marido, Israel Vicente, afirmou que o casal não pretendia fugir da Justiça quando foram encontrados em uma mansão em Carapicuíba (SP). Segundo o advogado Sean Abib, os dois têm o hábito de visitar o município e já estavam em São Paulo antes de o mandado de prisão preventiva ser expedido contra eles.
A declaração foi dada em entrevista coletiva nesta quarta-feira, dia 20. O time de juristas havia convocado a imprensa para apresentar elementos que comprovariam os fins turísticos da viagem a São Paulo, mas só compartilharam a passagem de ida usada por Hytalo.
Hytalo e seu marido estão detidos em São Paulo desde a sexta-feira passada, dia 15. O casal aguarda determinação da Justiça paraibana antes de voltar ao estado onde a decisão foi expedida.
A defesa dos influenciadores já apresentou dois habeas corpus diante da prisão, mas ambos foram rejeitados. Segundo a defesa, a última decisão do STJ, que rejeitou a soltura do casal, ainda oferece possibilidade de recurso. A defesa deverá apresentá-lo ainda nesta semana, afirmou.
Prisão de Hytalo
O influenciador e o marido deram entrada no Centro de Detenção Provisória (CDP) I de Pinheiros, na capital paulista, na segunda-feira, 18. Eles estavam detidos no 1° Departamento Policial (DP) de Carapicuíba desde o momento da prisão, na última sexta-feira, 15, e passaram por audiência de custódia durante o final de semana.
O Tribunal de Justiça da Paraíba confirmou que o juiz encarregado pelo caso já solicitou a transferência de Hytalo para o estado — já que a investigação segue lá —, mas ainda não há informações sobre a data.
Hytalo e Israel são suspeitos de envolvimento em um esquema de exploração sexual infantil e tráfico humano. Os dois são alvos de investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) por suspeita de explorarem e sexualizarem crianças e adolescentes para produzir conteúdos na internet. Eles negam as acusações.
O caso ganhou repercussão após Hytalo ser denunciado em um vídeo do youtuber Felca, em que ele aborda “adultização” e superexposição de crianças e adolescentes nas redes sociais, incluindo exploração de menores de idade para a monetização dos conteúdos publicados
(Informações Redação Terra)