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DCE da UEMS critica o ‘caos generalizado que se tornou o ensino público brasileiro’

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“Nossas Universidades precisam estar à altura de seu momento histórico, não basta título, condecorações e glamour. É preciso ter consciência político-social!”. Esse é um dos trechos da contundente “Carta Aberta à UEMS”, que o Diretório Central dos Estudantes (DCE) divulgou nesta tarde em crítica ao “caos generalizado que se tornou o ensino público brasileiro”.

Para o DCE/UEMS, “Estamos voltando ao passado, para o caminho da elitização do Ensino Superior, perdemos todos os dias milhares de cérebros, estudantes oriundas das classes mais baixas que dão suas vidas e fariam ainda mais, se o ensino fosse humanístico de verdade, poderiam assim cooperar para o avanço da Universidade brasileira”.

O documento pede ainda que “docentes e técnicos que sempre lutaram ao nosso lado, para se manterem firmes e prezar pela qualidade, permanência e garantia de termos discentes na Universidade”.

Leia a seguir a Carta na íntegra:

CARTA ABERTA À UEMS

 Os/As acadêmicos/as, nesse último período, estão passando por situações inumanas e humilhantes. Não bastasse a grave crise política, econômica e social, nossas instituições parecem não se importar. Por isso, o Diretório Central dos Estudantes – DCE/UEMS, representação máxima dos discentes da UEMS, em conjunto aos Conselheiros/as discentes da graduação e da Pós-Graduação (CEPE e COUNI), expõe de forma grave a piora na qualidade do ensino e pouco encontra apoio para superar essas questões de maneira coletiva.

Nossas Universidades precisam estar à altura de seu momento histórico, não basta título, condecorações e glamour. É preciso ter consciência político-social! Não é cabível continuar nessa indiferença, na falta de humanização das instituições, já que essas têm por prerrogativa defender o setor público, servir ao povo, aos estudantes, estes que tanto precisam de atenção nestes tempos que a única certeza é a incerteza.

Esse DCE é solidário aos acadêmicos e acadêmicas, compreende os milhares de discentes que priorizam trabalhar e dar o pão de cada dia para suas famílias, do que insistir diante no caos generalizado que se tornou o ensino público brasileiro.

Estamos voltando ao passado, para o caminho da elitização do Ensino Superior, perdemos todos os dias milhares de cérebros, estudantes oriundas das classes mais baixas que dão suas vidas e fariam ainda mais, se o ensino fosse humanístico de verdade, poderiam assim cooperar para o avanço da Universidade brasileira.

Percebemos o aumento na evasão, redução no número de vagas ofertadas, os ataques aos serviços públicos. Sabemos que é proposital, o boicote nos cortes de investimentos e os ataques sofridos por todos nós, ainda que nós da UEMS, estejamos em um outro patamar em relação às demais, a grande maioria sofre perdas e riscos de fechar quando não muito sob uma ditadura e intervenção.

O que não é admissível é o aluno que deveria conviver em espaços de acolhimento e aprendizados, mas não está sendo. A função da Universidade Pública é ser gratuita e se tornar gratuita para todos, todas e todes. Sua função social é priorizar o ensino, a pesquisa e a extensão. Os que se negam ao dever de compartilhar os aprendizados e ensinamentos, serem egoístas de compreender o momento e, que os três segmentos (técnicos, docente e discente) é o que forma uma Universidade, deveriam repensar!

Os estudantes estão saturados e em uma situação de imensa vulnerabilidade, mas existe força para lutar e, com base nela, iremos propor tentativas de resolução para os problemas mínimos na ordem do ensino que se agrava ainda mais junto da condição financeira e de suas famílias.

Não queremos mais voltar aos tempos de escolas públicas de lata e palha no Brasil, não queremos um ensino fraco, assim, fazemos menção honrosa e lembramos quando nossas professoras-pedagogas liam para nós os “Três Porquinhos”. Entendemos o sentido e metáfora! Queremos uma Universidade com edificações firmes, enraizadas e sólidas para os problemas nacionais e socio regionais e que transforme nossas vidas.

Quando uma “Educação não é libertadora, o sonho do oprimido (…)”, por isso, ser Paulo-freiriano não é currículos e Lattes, mas defender a emancipação dos e das estudantes, é transformar nossas realidades, quando não muito, tirar os chicotes das mãos do opressor. Só uma Educação libertadora é capaz!

Pedimos aos docentes e técnicos que sempre lutaram ao nosso lado, para se manterem firmes e prezar pela qualidade, permanência e garantia de termos discentes na Universidade. Sem isso, não existe Universidade!

Os canais do DCE estão abertos!

Conselho de Entidades de Bases -DCE/UEMS”

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