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Crônica de Elairton Gehlen, de Dourados: ‘Entre o público e as cuecas do Chico’

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Elairton Gehlen – escritor 

Eu ia escrever um texto sobre privada, mas desisti porque esse termo, conforme o contexto, tem tantos significados que em vez de esclarecer acho que ia confundir. Não que seja um termo da linguagem culta, longe disso, privada é uma expressão largamente usada por pessoas comuns em suas vidas simples no campo quando dizem que vão fazer aquilo que não adianta pedir para outro. 

Pensa se vale a pena gastar tempo com um assunto assim! Já não basta todos aqueles livros dos autores franceses Georges Duby e Phillipe Airés, que falam da História da Vida Privada? Cinco volumes para demonstrar que os interesses privados são diferentes dos do cotidiano em relação aos interesses sociais. Mas, vá lá, se é privado, então não é público, ainda que sejam agentes públicos legislando em favor da privada, da iniciativa privada. 

Deixemos os intelectuais de lado, eles, parece que tem o conhecimento demasiadamente privado. Se eu fosse mesmo escrever um texto, certamente falaria dos processos de privatização das empresas públicas. Isso também já deu livro: A Privataria Tucana! Nele o autor Amaury Ribeiro Junior descreve os processos levados a cabo pelo governo FHC que como isso, além de não trazer benefícios sociais prometidos, ainda fizeram o governo deixar de auferir lucros com as empresas privatizadas. 

Por hora, cá na minha vida privada, que está calma desde a aposentadoria, prefiro outros assuntos como o amor, o relacionamento familiar e todas as coisas que me permito entre quatro paredes. Ficou curioso? Pois é isso, se é privado não é da tua conta! Cada um tem lá seus segredos, quando se tornam públicos … 

Mas, já que é sábado e a polícia federal não anda tão atenta aos acontecimentos do Rio de Janeiro, e deixando de vez essa ideia de texto sobre o termo privada, estou lembrando do auê desta semana com o Senador Chico Rodrigues. Homem público, Vice-líder do governo, atento aos interesses sociais, teve um pequeno descuido ao ir ao banheiro, em vez de utilizar-se daquele papel branco, macio, que fica enrolado para limpeza das partes mais privadas, tomou, por engano, certamente, de outro papel, mais grosso e áspero e deixou, descuidadamente algumas folhas presas ao privado que se tornou público pela ação da Polícia Federal. Se ações semelhantes fossem feitas no Rio de Janeiro, será que não haveria outras cuecas privadas cheias desse papel higiênico? 

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