Desde 1968 - Ano 56

32.6 C
Dourados

Desde 1968 - Ano 57

InícioNotíciaCPI do Crime vai mirar líder do PCC que ostentou luxo na...

CPI do Crime vai mirar líder do PCC que ostentou luxo na fronteira com MS

Este é o segundo nome do PCC, com ‘histórico’ em MS, listado como alvo na CPI do Crime

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Crime Organizado mira mais um líder do PCC (Primeiro Comando da Capital). Desta vez, os senadores querem convocar Marcos Roberto de Almeida — conhecido como Tuta. O ‘chefão’ foi preso na fronteira de Mato Grosso do Sul, onde ostentava luxo enquanto fugia da Justiça brasileira.

O senador Marcos do Val (PODE-ES) protocolou requerimento de convocação de Marcos Roberto na CPI do Crime. No documento, destacou que o Ministério Público aponta Tuta como sucessor de Marcola na liderança da organização criminosa PCC.

Assim, destacou a fala do promotor especialista na facção, Lincoln Gakiya, depoente na CPI. “É um velho conhecido nosso, só que, em liberdade, ele atingiu o status, seria o novo Marcola na nossa concepção”, disse.

O MPSP (Ministério Público de São Paulo) apontou, em 2020, conexões de Tuta no Paraguai, na Bolívia e na África. Aproximadamente cinco anos depois, Marcos foi preso na fronteira com MS, em terras bolivianas.

Ele vivia tranquilamente em Santa Cruz de la Sierra, ostentando luxo, quando foi preso. A prisão aconteceu em 18 de maio de 2025.

Então, Tuta foi extraditado e entregue à PF (Polícia Federal). Posteriormente, foi transferido para um presídio de segurança máxima de São Paulo. Contudo, o requerimento ainda aguarda análise dos senadores.

Líder que operou esquema milionário em MS

Além disso, a CPI recebeu requerimento para convocação de Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como ‘Beto Louco’. Apontado como um dos líderes do PCC, o investigado teria operado esquema bilionário da facção em Mato Grosso do Sul.

O senador Marcos do Val apresentou o Requerimento nº 17/2025. O parlamentar destaca que Beto seria um dos líderes de um esquema bilionário de lavagem de dinheiro do PCC no setor de combustíveis.

Foi nesse esquema que Beto teria atuado como operador, ao lado de Armando Hussein Ali Mourad. Então, no requerimento, o senador lembra que Beto também aparece como principal responsável por uma rede de fraudes fiscais e contábeis que movimentou mais de R$ 52 bilhões.

cpi do crime
Instalação da CPI do Crime Organizado. (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)

Desafios da fronteira

Na primeira oitiva da CPI, o combate às facções nas fronteiras secas do país foi assunto na CPI nesta terça-feira (18). Mato Grosso do Sul possui 1,5 mil quilômetros de fronteira com países vizinhos. O controle absoluto das faixas de fronteiras é “utópico”, afirmou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues.

Então, ao presidente da CPI, senador Fabiano Contarato (PT), o diretor da PF lembrou que o Brasil possui 17 mil quilômetros de fronteira. São 3,4 mil quilômetros apenas com a Bolívia.

Em contraponto, disse que os Estados Unidos possuem 3,1 mil quilômetros de fronteira com o México. “Então, os Estados Unidos e o México têm uma fronteira menor que a nossa fronteira”, pontuou Rodrigues.

  • ‘Devassa’ em dados

Um pedido de dados sobre conflitos na fronteira está entre os primeiros requerimentos aprovados pela CPI do Crime Organizado. Assim, o Ministério da Justiça e Segurança Pública receberá pedido para fornecer dados sobre facções nos últimos cinco anos — de 2021 até 2025.

  • O Senado instalou a CPI em 4 de novembro, com eixos de investigação centralizados no crime organizado. Então, os parlamentares devem investigar o tráfico, a milícia, o uso de fintechs, bancas de advocacia e criptomoedas para a lavagem de dinheiro. Além disso, focam na necessidade de integração entre os órgãos de segurança pública e as Forças Armadas.

O senador Alessandro Vieira (MDB) também é autor do requerimento. Logo, na sessão de abertura dos trabalhos, pontuou que requer “todos os dados referentes a relatórios de inteligência policial; dados estatísticos consolidados, especialmente de apreensões de drogas, de armas de fogo — com distinção por calibre, origem e localização”.

Além disso, o senador destacou o pedido de informações sobre “crimes patrimoniais ligados a organizações criminosas — como roubo de carga, roubo a banco, extorsão mediante sequestro — e conflitos em área de fronteira; dados da PRF e PF de operações policiais”. (MidiaMax)

- Publicidade -

ENQUETE

MAIS LIDAS