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Congresso em Manaus aponta desafios de educação, saberes tradicionais e relações socioculturais de impacto ambiental

Duas professoras da UFMS, Maria Helena Andrade e Patrícia Bassinelo, participam do evento, que reuniu mais de 1,6 mil

Considerado um dos eventos de maior importância sobre temáticas  socioambientais, o V Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, realizado em Manaus (AM) de 21 a 25 deste mês, registrou grande e qualificada contribuição de cientistas, professores, estudantes, pesquisadores e ambientalistas envolvidos na pauta da sustentabilidade. Duas representantes de Mato Grosso do Sul foram incluídas no programa de participação em cursos e debates, as professoras da Universidade Federal (UFMS), Maria Helena Andrade e Patrícia Zaczuk Bassinelo.

O evento é bianual e acontece nos países lusófonos. Nesta edição se reuniram mais de 1,6 mil participantes de 10 países, representados por governos, universidades, movimentos sociais, organizações da sociedade civil e das comunidades tradicionais. Integrado à agenda preparatória da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), o congresso adotou o tema “Educação Ambiental e Ação Local: Respostas à Emergência Climática, Justiça Ambiental, Democracia e Bem Viver”.

MINICURSO - Integrantes do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências (Linha de Pesquisa: Educação Ambiental - Instituto de Física da UFMS), Maria Helena e Patrícia foram escolhidas para conduzirem um minicurso, "Educação Ambiental, Gênero e Decolonialidade". Com participantes de vários estados do Brasil, Moçambique e Portugal, o minicurso procurou divulgar e abordar as referências latino-americanas da Decolonialidade, Gênero e Educação Ambiental, refletindo sobre elas e os seus diferentes conceitos e categorias analíticas em contextos e projetos pedagógicos e educacionais, no âmbito acadêmico e nas relações sociais cotidianas. 

Segundo Maria Helena, o minicurso teve o compartilhamento de projetos, pesquisas e vivências que ela e Patrícia desenvolvem junto  às comunidades tradicionais de Mato Grosso do Sul, principalmente com as lideranças femininas, destacando os  saberes ancestrais, interculturais e contra-hegemônicos. Marília Torales, professora da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e uma das coordenadoras gerais do evento, destacou:  “Queremos que cada participante viva experiências transformadoras, que se conecte com saberes ancestrais, de práticas pedagógicas inovadoras e territórios que enfrentam diariamente os efeitos da crise climática”.

PALESTRAS ILUSTRES - Para a abertura e o encerramento do congresso foram convidados a ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, e o pesquisador espanhol Carlos Taibo, nome de referência mundial nas questões de democracia radical, decrescimento e justiça climática. Foram abertos mais de 70 espaços de formação com oficinas e minicursos para intercâmbio de metodologias, conhecimentos  e experiências.  

Toda a programação girou em torno de cinco eixos temáticos que irão subsidiar a Carta de Manaus, documento político-pedagógico que resultará das conclusões do congresso. O evento é organizado pela RedeLuso, em parceria com os ministérios do Meio Ambiente e da Mudança do Clima e da Educação, Governo do Amazonas e Fundação Matias Machline.
Congresso em Manaus aponta desafios de educação, saberes tradicionais e relações socioculturais de impacto ambiental
Participantes do Congresso: evento mobilizou representações de 10 países – Imagem: Instagram
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