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Condenado professor acusado de estupros

Policial – 14/07/2010

 

A Juiza Dileta Terezinha, da 1ª Vara Criminal de Dourados decretou na última segunda-feira a condenação por 19 anos e cinco meses de prisão, o réu Marcos Antônio Mauriense de Sá, de 45 anos. Ele é acusado pelo Ministério Público Estadual por estupros e roubo. Os crimes aconteceram em julho do ano passado em Dourados e amedrontaram a população. Segundo o MP, fato que chama a atenção é que o réu é ex-agente penitenciário, formado em psicologia e dava aula de filosofia em uma escola da Dourados quando foi preso. Para praticar os crimes, ele costumava vendar os olhos das vítimas, conforme o MP. Antes de ser preso em Dourados ele foi condenado por quatro estupros na cidade de Corumbá.
De acordo com o promotor de Justiça João Linhares, da 4ª Promotoria, na ocasião, várias mulheres disseram ser atacadas sexualmente, porém desistiram de levar o caso a diante. “Algumas não queriam ser expostas ou tiveram medo de represálias”, alega.
Destas, dois casos foram denunciados e investigados. A primeira mulher, de 35 anos, disse em juízo, comforme processo 00209015979-0, que o crime aconteceu quando ela chegava em casa de moto e deixou a porta da casa aberta. O fato aconteceu em 13 de julho de 2009. O acusado teria anunciado o assalto e ameaçado a vítima de morte. Ele teria prendido as mãos da vítima para trás com o cordão do cracha da mulher, tirado a roupa dela, espancado a vítima e obrigado que ela fizesse sexo oral nele. O acusado também teria tentado penetração com sexo anal, porém não teria tido êxito, uma vez que apresentava disfunção erétil. O réu teria espancado a vítima e ejaculado na boca dela. Ele também teria pego um travesseiro e ameaçado sufocá-la, segundo a denúncia. O acusado também teria roubado a mulher e levado da casa dela, um celular, um palm touch e uma câmera fotográfica. O segundo crime aconteceu em 31 de julho do ano passado. A vítima, de 23 anos relatou que com uma faca de cozinha, o acusado ameaçou a vítima, introduziu o dedo no ânus dela, obrigou que ela se ajoelhasse e fizesse sexo oral nela. O acusado também teria apresentado disfunção erétil neste caso.
Ambas as vítimas disseram ter vivido momentos de terror. Elas reconheceram o acusado. Ele foi preso em novembro do ano passado quando dava aula em uma escola de Dourados. O Ministério Público proferiu ação penal em dezembro de 2009, contra o acusado, apresentando provas e pedindo pena máxima (10 anos) por estupro e roubo, que totalizaria pelo menos 25 anos de prisão. Em sua defesa, Antônio de Sá, negou os crimes, alegando estar sendo vítima de perseguição policial, o que não foi comprovado. Na casa dele, vários comprimidos estimulantes sexuais foram apreendidos pela polícia.
Conforme João Linhares, ele pretende embargar a decisão da juiza. Para ele é louvável a rapidez com que o caso foi tratado, porém houve erro técnico na sentença. “Foi estipulado 8 anos para cada um dos estupros e outros cinco e 10 meses pelo roubo, o que numa somatória daria o valor de 21 anos e cinco meses de reclusão e não 19 como está no processo. Outra medida é recorrer e pedir a sentença máxima, ou seja 25 anos de prisão para o réu”, conta.
Para João Linhares, a medida se deve a alta periculosidade do réu para a sociedade. “Ele já tinha feito quatro estupros em Corumbá, não se conteve. No meu entender ele merece ser sancionado o máximo previsto por lei, já que solto ele continuará trilhando os mesmos caminhos”, afirma. O réu ainda pode recorrer da decisão, porém como se trata de crime hediondo deverá permanecer em regime na Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorin Costa. Por estupro ele deverá cumprir pelo menos 3/5 da pena para progressão no regime Semi-aberto.

Fonte: Dourados Agora

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