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Comitê repudia ‘continuidade de intervenção na UFGD’ e acusa interventores de fraudes

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Em nota pública, o Comitê de Defesa Popular de Dourados repudia a continuidade da intervenção do governo Bolsonaro na UFGD, com a substituição de Mirlene Damázio por Lino Sanabria ocorrida na segunda-feira (07), através de portaria do Ministério da Educação.

O órgão defende a nomeação do candidato eleito democraticamente como reitor, professor Etienne Biasotto e como vice-reitora, a professora Claudia Lima e diz que o “golpe contra a instituição se aprofunda”.

O Comitê acusa o “autoritarismo expresso por esta intervenção ficou marcado pela defesa do reingresso de fraudadores de cotas raciais, como também total desrespeito às instancias deliberativas e coletivas da universidade, para além de perseguição política, e uma gestão desastrosa dos impactos da pandemia de Covid-19 nas atividades acadêmicas.”

Leia a seguir a nota na íntegra:

O Comitê de Defesa Popular de Dourados vem a público manifestar repúdio à continuidade da intervenção federal na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e a não nomeação do candidato eleito democraticamente como reitor, professor Etienne Biasotto e como vice-reitora, a professora Claudia Lima. No dia 8 de fevereiro de 2021, uma portaria do Ministério da Educação substituiu a interventora, professora Mirlene Ferreira Macedo Damázio, pelo professor Lino Sanabria, novo interventor.

Desde junho de 2019 a UFGD está sob uma intervenção autoritária, que desrespeita a escolha legítima da comunidade acadêmica. Com a nova nomeação de um interventor, que não faz parte da lista tríplice, o golpe contra a instituição se aprofunda.

O Governo Bolsonaro sistematicamente violenta a democracia no interior das universidades nomeando seus aliados como reitores através de articulações locais que o apoiam e atendem seus interesses.

O autoritarismo expresso por esta intervenção ficou marcado pela defesa do reingresso de fraudadores de cotas raciais, como também total desrespeito às instancias deliberativas e coletivas da universidade, para além de perseguição política, e uma gestão desastrosa dos impactos da pandemia de Covid-19 nas atividades acadêmicas.

A UFGD é importante instrumento de desenvolvimento regional e para tal, salientamos a importância de uma universidade AUTONOMA e DEMOCRÁTICA para o fortalecimento da Ciência, da Pesquisa, do Ensino e da Extensão, assim como na promoção da cultura de nosso estado.

Assim, as entidades e movimentos que compõem o Comitê de Defesa Popular de Dourados repudiam a continuidade da intervenção na UFGD e permanecem na luta pela democracia no ensino público e pelo fim das intervenções que já atingem mais de 20 instituições por todo o país.

Dourados – MS, 10 de fevereiro de 2021.

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