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Com incentivo ao uso do etanol, Fiems contribui para MS liderar redução de carbono

Mato Grosso do Sul alcançou, em 2024, a maior redução percentual nas emissões de gases de efeito estufa entre todos os estados brasileiros, segundo estudo da FGV Bioeconomia. O desempenho foi impulsionado principalmente pelo aumento do uso de etanol na frota de veículos leves, reflexo de políticas públicas, conscientização ambiental e ações do setor produtivo, como a Fiems, que adotou o biocombustível em sua frota flex.

O estudo “Descarbonização da Matriz de Combustíveis”, divulgado pela Fundação Getulio Vargas e que foi matéria do jornal O Estado de São Paulo na terça-feira (22/04), aponta que a frota do Estado emitiu 1,8 milhão de toneladas de CO₂ em 2024 — uma queda de 6,6% em relação ao ano anterior. O levantamento revela ainda que, sem o uso do etanol, as emissões seriam 40% maiores.

Na Fiems, a adoção do etanol como principal combustível da frota de veículos também gerou impacto direto na redução das emissões. De acordo com levantamento da Coordenadoria de Patrimônio e Logística do Sistema Indústria, analisado entre março e dezembro de 2024, a iniciativa resultou na redução de 235,6 toneladas de CO₂ — queda de 35,32% em relação ao que seria emitido com o uso exclusivo de gasolina.

Segundo o diretor de Sustentabilidade da Fiems, Robson Del Casale, a Fiems tem cumprido um papel importante para ajudar a gerar esse clima de descarbonização em Mato Grosso do Sul. “O Estado tem perseguido as metas de redução para ter carbono neutro em 2030 e a indústria está fazendo a sua parte e cada vez avança mais nesse sentido”, afirmou.

Robson Del Casale ainda reforçou que a medida estimula o desenvolvimento do setor industrial do Estado. “Essa ação vem acompanhada de uma série de fatores importantes, como a geração de emprego e renda para as pessoas daqui, porque se trata de um produto que é produzido e processado aqui e isso faz toda a diferença. Então Mato Grosso do Sul apresentar esses bons resultados mostra que o Estado, juntamente com a indústria, vem fazendo o dever de casa, colaborando com a meta de neutralização de emissões de carbono até 2030”, completou.

Etanol impulsiona economia e fortalece a indústria local

Além dos benefícios ambientais, o uso do etanol também tem impulsionado o desenvolvimento econômico no Estado. Mato Grosso do Sul conta hoje com 22 usinas em operação — 19 de cana-de-açúcar e 3 de milho — que integram a cadeia de bioenergia. O setor é responsável por mais de 33 mil empregos diretos e movimenta a economia de mais de 40 municípios.

“O estudo da FGV confirma que o caminho para a descarbonização passa, necessariamente, pelos biocombustíveis. Mato Grosso do Sul demonstra na prática que o etanol e outras fontes renováveis são soluções reais e imediatas para reduzir emissões enquanto movimentam a economia”, declarou o presidente da Biosul, Amaury Pekelman

Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo), a participação do etanol hidratado na matriz de combustíveis do estado subiu de 19% para 34% em um ano. Só em 2024, foram consumidos 369 milhões de litros do biocombustível em Mato Grosso do Sul, crescimento de 87% em relação ao ano anterior. A mudança acompanha uma tendência nacional e é impulsionada por fatores como a redução do ICMS estadual e o maior apelo ambiental junto aos consumidores.

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