Moradores da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que enfrentam o estado de calamidade pública em decorrência das fortes chuvas que atingem o estado desde o final da última semana lotaram supermercados e esvaziaram as prateleiras na última sexta-feira (3).
Em um dos vídeos que circulam nas redes sociais, é possível notar que o setor dedicado à venda de água de um dos supermercados da capital gaúcha está praticamente vazio. Uma mulher grava a cena e mostra as prateleiras vazias.
“Buracos nas prateleiras, que o pessoal está levando toda a água embora. Olhem aqui, só tem água com gás. Desesperados, cada um leva dez, quinze garrafas de água. E aí o que acontece? Não sobra para ninguém. O que a gente aprendeu com a pandemia? Nada”, lamenta a mulher.
Em outras imagens, moradores da cidade aparecem lotando os corredores de supermercados e abastecendo os carrinhos com mantimentos. As prateleiras com alguns tipos de alimentos estão totalmente vazias. Grandes filas se formam entre os corredores e caixas.
Cheia do Guaíba
A zona norte de Porto Alegre (RS) está em alerta depois que uma das comportas do lago Guaíba, o portão 14, se rompeu na sexta-feira (3). Segundo o prefeito Sebastião Melo (MDB), as regiões que devem ser mais afetadas são Guarujá, Ponta Grossa, Túnel Verde e Sarandi, além do Centro Histórico.
Em coletiva na tarde desta sexta-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) deu um panorama sobre as outras barragens do estado.
- A barragem de Bugres, em Canela, enfrenta risco de ruptura iminente, exigindo providências urgentes para preservar vidas.
- A barragem do Arroio Barracão, em Bento Gonçalves, sofreu erosão na margem direita, levando à evacuação de 50 famílias.
- A barragem Saturnino de Brito, em São Martinho da Serra, também está em estado de alerta, necessitando de evacuação da população potencialmente atingida.
Leite afirmou que há a possibilidade de que o nível do Guaíba chegue a cinco metros, situação que superaria a situação enfrentada pelo município nas grandes enchentes de 1941. (CNN)