A avó do adolescente que foi apreendido pelo assassinato de Nicolly Fernanda Pógere, de 15 anos, cedeu uma entrevista exclusiva ao Cidade Alerta. De acordo com a idosa, que preferiu não expôr a própria identidade, ela foi enganada pelo neto para buscá-lo em Hortolândia, no interior de São Paulo.
Segundo a entrevista, a senhora recebeu uma ligação do neto de 17 anos afirmando que precisava sair do estado. A princípio, ele teria alegado que estava sendo alvo de ameaças do Primeiro Comando da Capital (PCC) após ter brigado com a ex-namorada, que seria Nicolly. Ele não teria mencionado o assassinato, mas disse que, como a ex tinha envolvimento com a facção, estaria sendo ameaçado. Nenhum envolvimento de Nicolly com o PCC foi comprovado.
Por isso, a idosa teria dirigido cerca de 11 horas de Londrina, no Paraná, até Hortolândia para buscar o neto. Além disso, ela também levou a atual namorada do garoto, uma menina de 14 anos, para sua casa.
“Eu fui lá salvar ele, mas não sabia que tinha feito essas coisas. Deus que me livre. A hora que eu vi, já tava aqui. Meu outro neto começou a mostrar as coisas pra mim”, afirmou “Eu fui buscar porque eu não sabia. Se soubesse tudo que ele tinha feito, nunca teria buscado”.
Avó afirma que pediu para adolescente confessar assassinato de Nicolly
De acordo com a idosa, ela começou a pedir para o neto se entregar após ver reportagens sobre a morte de Nicolly. Além disso, ela relata que o adolescente ameaçou tirar a própria vida ao invés de se entregar.
“Estava muito apavorado, falando que ia se matar. Eu falei: ‘Você tem que se entregar, menino’. Fiquei pesando na alma dele para se entregar, e ele querendo fugir”, contou.
Entretanto, o adolescente foi localizado na casa da avó em Cornélio Procópio pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) e foi apreendido pelo assassinato de Nicolly Pógere. A namorada do garoto também foi internada.
Avó lamenta envolvimento do adolescente na morte de Nicolly Pógere
De acordo com a idosa, o adolescente nunca apresentou ser violento. Ela afirma que já chegou a levar o garoto para morar com ela, pois ele tinha medo do próprio irmão mais novo.
“Fiquei apavorada, não achava que meu neto era capaz de uma atrocidade dessa. Um moleque tão calmo, tão sossegado, bonzinho”, descreveu. “Como fica o coração de uma avó, sabendo que o neto fez uma atrocidade dessa e que agora pode morrer lá dentro?”
Entretanto, ela relata que, desde que ele começou a namorar a cúmplice do assassinato, não tinha mais entrado em contato com a avó. Ela descreve a menina como “frágil e magrinha”, e diz que se surpreendeu quando ela confessou o homicídio.
Veja a entrevista da avó do adolescente que confessou assassinato de Nicolly
(Informações RIC Notícias)
