O corpo está a 600 metros do ponto de onde ela caiu; o cadáver será levado primeiro até um acampamento onde estão socorristas.
Equipes de resgate do governo da Indonésia começaram a içar o corpo de Juliana Marins a partir das 6h de quarta-feira (25) no horário local, o que correspondeu às 19h de terça-feira (24), no horário de Brasília. A jovem foi encontrada morta após mais de 80 horas depois do incidente.
Juliana caiu de uma trilha do monte Rinjani na sexta-feira (20), e nesta terça (24), quando socorristas finalmente chegaram ao local onde a brasileira estava, foi constatada a morte dela. O corpo está a 600 metros do ponto de onde ela caiu. As informações são do governo da Indonésia.
Integrantes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia afirmaram que a retirada do corpo será feita apenas na manhã de quarta-feira (no horário local) devido às condições climáticas desfavoráveis, com visibilidade muito limitada.
O corpo de Juliana será levado primeiro até um acampamento onde estão socorristas, ao longo da própria trilha no monte Rinjani. Dali será conduzido em uma maca até a cidade de Sembalun, que fica na ilha de Lombok e é o principal ponto de partida para as trilhas no monte Rinjani.
Por fim, o corpo será transportado de avião de Sembalun até o Hospital Bayangkara. As autoridades da Indonésia não deram previsão sobre o horário em que o corpo de Juliana deve chegar ao hospital.
Caso Juliana Marins: da queda até a repercussão internacional
Juliana Marins caiu enquanto fazia uma trilha próxima de um vulcão. O local é conhecido por sua beleza, mas também por seus desafios e riscos naturais. Sete socorristas conseguiram chegar ao local.
O acidente ocorreu no sábado (21), pelo horário local, ainda noite de sexta-feira, 20, no Brasil. Ela ficou quase quatro dias à espera de um resgate.
A tentativa de resgate da brasileira foi dificultada por condições meteorológicas e de visibilidade adversas e mobilizou alpinistas experientes e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Durante as tentativas de resgate, familiares e amigos relataram desencontro de informações, inclusive sobre a veracidade de que Juliana teria recebido alimentos e bebidas, como chegou a ser divulgado ainda no último sábado, dia do acidente.
Pelas redes sociais, políticos e famosos também entraram na mobilização para cobrar ajuda. Familiares também questionaram a demora para ser feito o resgate, assim como falta de planejamento.
Juliana morava em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, e em dezembro de 2021 concluiu a graduação em Publicidade e Propaganda na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela chegou a trabalhar no canal Off (com produção e conteúdo) e no Multishow (com produção de conteúdo digital), segundo registrou em seu perfil no LinkedIn, onde acumulava elogios profissionais.
Pai de Juliana Marins faz carta aberta para a filha: ‘Metade arrancada de mim’
Manoel Marins, pai de Juliana Marins, lamentou a morte da brasileira de 26 anos que caiu dentro do vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia. Por meio de uma carta aberta nas redes sociais, o genitor usou a música Pedaço de Mim, lançada por Chico Buarque no ano de 1978, para descrever o momento em que está passando.
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim”, diz um trecho da música
A trilha no Monte Rinjani fazia parte de uma aventura de Juliana Marins pela Ásia. Antes de chegar na Indonésia, a brasileira que já estava há 36 dias no continente, passou pelas Filipinas, Vietnã e Tailândia. Na Indonésia, um dos objetivos da jovem de Niterói era conquistar o vulcão Rinjani.
(Informações RIC)