Além disso, a mãe do suspeito afirmou estar sofrendo pelo fato do filho estar preso: “É difícil você ver um filho assim, não tem como explicar”, disse.
A mãe de Erik Vinicius Izidoro Rosa, de 22 anos, principal suspeito pelo desaparecimento de Adrian Rocha, de 17, afirmou ter dó da família da vítima. Erik permanece preso na Penitenciária Estadual de Piraquara II, na Região Metropolitana de Curitiba.
Ele é réu por sequestro, cárcere privado e, mais recentemente, homicídio. A Justiça determinou a manutenção da prisão. O caso Adrian repercutiu em todo o Paraná.
Erik é apontado pela polícia de ser o “Mano XK”, apelido em que Adrian cita em um dos vídeos divulgados do momento em que a vítima era sequestrada. Pela primeira vez, a mãe de Erik aceitou conceder entrevista e receber a equipe da RICtv para falar sobre o filho. A conversa foi realizada na casa da família.
Mãe de Erik diz que filho “não é todo aquele monstro”
Segundo a mãe, diversas fotos e vídeos guardados no celular reforçam a imagem que ela tem do filho dentro de casa. Apesar de reconhecer que ele cometeu erros, ela afirma que Erik não é o que parece diante das acusações.
“Meu filho, na verdade, não é todo aquele monstro que relataram na TV. Ele é humano, é um bebê grande, ele é meu filho, tem um coração bom e todo mundo ama ele”, disse.
Adriane contou que trabalha todos os dias e, por isso, não acompanhava tudo o que o filho fazia fora de casa. Na entrevista, relembrou momentos de convivência familiar e mencionou que muitos pais desconhecem o comportamento dos filhos nas ruas.
Ao comentar o caso, disse compreender o sentimento da família de Adrian, mesmo sem ter o filho por perto desde a prisão.
“Eu tenho até dó da mãe (do Adrian) que está ouvindo isso, poderia ter sido eu, mas também estou sofrendo por ele estar lá (preso), é difícil você ver um filho assim, não tem como explicar. Tanto para mim, quanto para a mãe da outra parte. Dói para a gente”, complementou.
Durante as visitas no presídio, segundo ela, Erik não toca no assunto do crime e prefere manter o foco no contato com a mãe. Adriane relatou que o filho nunca havia passado tanto tempo sozinho. Lembrou que, quando era menor e foi apreendido por tráfico, também buscava proximidade com ela.
“As outras vezes que passou por isso, ele era de menor. Então a gente ia lá e tirava. Não era uma coisa de ficar (preso), que pesou. Ele foi para a casa de reabilitação, teve processo de tratamento, o processo era desse jeito, sabia que ia voltar. Agora que aconteceu isso”.
Durante toda a conversa, Adriane não tratou o filho como culpado nem como inocente. Disse que vai esperar pela decisão da Justiça.
Caso Adrian: relacionamento da mãe com suspeito
Para ela, o comportamento de Erik fora de casa era diferente do que demonstrava no ambiente familiar. Segundo a mãe, essa mudança seria uma forma de se posicionar diante dos amigos.
“É maravilhoso, ele segura na minha mão, deita no meu colo, não desgruda de mim e conversa comigo. A primeira vez a gente chorou muito, porque ele tá ali, sabe? Todas as vezes ele falou: ‘Mãe, você não precisa nem trazer nada para mim, só a mãe vindo já está bastando’. A falta que ele faz é muito grande”, completou a mãe de Erik.
Erik já tem passagem anterior por tráfico de drogas. Agora, responde também por homicídio. A defesa do réu afirmou que, por conta da nova qualificação criminal, o julgamento pode demorar a acontecer. Ainda não há previsão de que a audiência ocorra ainda em 2025. O caso Adrian segue sendo investigado.
(Informações RIC)