Redação –
Após quatro meses de espera, o Vaticano finalmente realizará, no próximo domingo (7), a canonização de Carlo Acutis, jovem italiano que se tornará o primeiro santo da era digital. A cerimônia será presidida pelo papa Leão XIV, que assumiu o pontificado após a morte do papa Francisco, em abril deste ano — evento que havia adiado a canonização inicialmente prevista para a mesma semana.
Para ser elevado aos altares como santo, Carlo teve dois milagres reconhecidos pela Igreja Católica. Um deles aconteceu no Brasil, em Campo Grande, em 2013, e se tornou um dos marcos da fé local.
Na ocasião, Matheus Lins, então com 8 anos, foi diagnosticado com uma grave doença no pâncreas. Durante uma celebração na Capela Nossa Senhora Aparecida, pertencente à Paróquia São Sebastião, o menino tocou um pedaço da camisa que pertenceu a Carlo Acutis — peça enviada pela mãe do beato ao padre Marcelo Tenório. Pouco depois, Matheus foi considerado curado pelos médicos. O local onde o fato ocorreu passou a ser conhecido como “Capela do Milagre”.
Hoje, embora a camisa original tenha sido doada a outro religioso, a capela mantém um altar dedicado ao jovem italiano, que inclui relíquias autênticas: fios de cabelo e um pequeno fragmento do coração de Carlo.
Programação especial celebra canonização em Campo Grande
Para marcar a canonização, a Capela do Milagre inicia nesta segunda-feira (1º) uma semana especial de homenagens, com atividades religiosas, missas temáticas e momentos de oração voltados à vida e ao legado de Carlo Acutis.
Entre os destaques, está a exposição de uma nova relíquia: um agasalho usado por Carlo em vida, também doado por sua mãe. A peça aparece em diversas fotos do jovem e poderá ser venerada pelos fiéis ao longo da semana.
A programação segue até domingo (7), data da canonização, com celebrações diárias promovidas pela Paróquia São Sebastião.