A Arena Tony Gol, em Campo Grande, se pronunciou oficialmente, por meio de nota, sobre a polêmica envolvendo uma jogadora trans durante partida do campeonato amador de futebol feminino, realizada no dia 6 de setembro.
Na ocasião, a equipe Leoas FC se recusou a disputar uma partida contra o time Fênix FC, devido à presença de uma atleta transsexual no elenco adversário. Segundo a nota divulgada pela organização, após a recusa, o Leoas FC solicitou a devolução dos valores de inscrição e arbitragem e se retirou da competição.
A Arena explicou que a participação da jogadora foi permitida pela ausência de uma regulamentação específica que tratasse da presença de atletas trans em campeonatos organizados pela entidade, classificando o episódio como um “fato atípico”.
“A decisão de manter a atleta e a equipe na competição foi tomada em campo, após a desistência da equipe Leoas FC, com o objetivo de assegurar a continuidade do torneio”, afirmou a organização.
Diante da repercussão, a Arena Tony Gol informou que, nas próximas edições do torneio, irá adotar as normas e regulamentos nacionais do futebol, com o objetivo de garantir um ambiente mais seguro, justo e respeitoso para todos os participantes.
“Reiteramos o nosso compromisso com a promoção do esporte e a inclusão. Nossos eventos são conduzidos em conformidade com as leis vigentes no país e repudiamos qualquer ato que as contrarie. Nossos torneios são abertos a atletas de todas as idades e gêneros”, conclui a nota.
O caso reacendeu o debate sobre a presença de atletas trans em competições esportivas femininas, um tema que ainda não possui regulamentação clara em muitas esferas do esporte amador no Brasil. (J.B)
