Reinaldo de Mattos Corrêa (*) –
Enfim, a data — trombetas, manchetes, confete, o Senado à vista, e junto vem o pacote:
autopromoção, selfie, discurso de efeito, e a velha arte de prometer sem ter feito.
No palco dourado da Assembleia festiva, ergue-se o espetáculo: briga, vaia, narrativa.
Cada um por si — e o povo, por ninguém — seguem o script do teatro do também.
Há quem lute pelo povo… nas redes sociais, há quem se indigne… só em jornais,
há quem construa pontes — mas para si mesmo, o resto é palanque, fake, e o velho cinismo.
A discórdia é programa, o sensacional é rotina, a verdade? Essa dança no ritmo da cortina.
E no final, o eleitor — coadjuvante — vira figurante do circo ambulante.
*Produtor Rural em Mato Grosso do Sul.