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Calorão eleva o risco de intoxicação alimentar; saiba como se proteger

Sintomas podem aparecer rapidamente, em cerca de 30 minutos, ou mais tardiamente, até 72 horas após o consumo do alimento contaminado

No verão, as altas temperaturas expõem a população a vários riscos de saúde, e não apenas à tão conhecida desidratação. Especialistas alertam que os cuidados com os alimentos também precisam ser redobrados, já que as altas temperaturas favorecem a proliferação de microrganismos nos alimentos, aumentando o risco de intoxicação alimentar.

Segundo o Ministério da Saúde, somente entre janeiro e agosto deste ano os atendimentos hospitalares por ingestão de alimentos contaminados somaram 64 mil casos, número que representa 56,6% do total registrado em todo o ano de 2024.

A médica Carolina Albuquerque Arroyo explica que a intoxicação alimentar é uma das doenças mais frequentes em períodos de calor, devido à má conservação de alimentos e à proliferação de microrganismos que aceleram a deterioração da comida.

Alimentos mais sensíveis

Por isso, é preciso ter ainda mais cautela na hora de fazer refeições fora de casa e, também, com o armazenamento dos alimentos também em casa.

“No calor, quando os alimentos não são bem acondicionados, existe a chance de ter um crescimento bacteriano ou de fungos, por isso é importante tomar cuidado com a forma como são guardados esses alimentos, de preferência em geladeira ou freezer, para evitar esse aumento de temperatura e a chance de crescimento de bactérias”, explica a médica.

Algumas comidas são mais sensíveis, como as que contêm ovos, maionese e queijos. “Esses têm uma propensão maior de sofrer esse processo de colonização por bactérias ou fungos, podendo causar a intoxicação alimentar”, completa Carolina.

O que causa o quadro

Também conhecida como gastroenterocolite aguda, a intoxicação alimentar geralmente é ocasionada por bactérias, como salmonella e estafilococos, e vírus, como o rotavírus.

“É importante procurar conhecer a procedência dos alimentos que vai consumir, como foi feito o processo de preparo, de manipulação do alimento, e como ele foi acondicionado. Também é importante reforçar alguns cuidados de higiene, como lavar bem as frutas e verduras antes de consumir. Além disso, outros cuidados precisam ser observados, como evitar alimentos crus ou mal cozidos, levar seus próprios lanches em passeios, lavar ou higienizar as mãos antes de comer”, orienta Carolina.

Sintomas

Segundo o farmacologista Lucas Ferreira Alves, os sintomas podem aparecer rapidamente: cerca de 30 minutos após o consumo, ou mais tardiamente, até 72 horas depois de o alimento contaminado ser consumido.

Os indícios mais frequentes de contaminação são: diarreia, dor abdominal, náuseas, vômitos e, em casos mais extremos, desidratação e febre.

“Assim que manifestar alguns desses sintomas, é importante procurar orientação médica e passar por uma avaliação, para receber o tratamento mais adequado”, diz a médica. Para atenuar o mal-estar causado pelos sintomas, é essencial ingerir muito líquido, manter uma dieta leve e repousar.

Como se proteger

A especialista em segurança dos alimentos, Paula Eloize, detalha os cuidados que podem te ‘salvar’:

Denunciar irregularidades à Vigilância Sanitária ou ao Procon.

Observar limpeza do local antes de comprar ou consumir alimentos;

Evitar folhas verdes sem procedência conhecida;

Não consumir alimentos com odor alterado ou embalagem estufada;

Higienizar frutas e verduras com solução clorada (como água sanitária);

Manter carnes refrigeradas e nunca recongelar alimento descongelado;

Não deixar alimentos perecíveis já preparados fora da geladeira; (Midiamax)

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