Um ida de rotina ao pet shop se tornou caso de polícia após uma funcionária esquecer um cachorro dentro da máquina secadora, queimando o corpo de animal. Bartô, um buldogue francês, sofreu queimaduras na barriga, pata, orelha e focinho.
O caso aconteceu em um pet shop em Curitiba. De acordo com o relato de Thays Tagliari, tutora de Bartô, ao Balanço Geral, ela recebeu uma mensagem do gerente às 18h, avisando que o bichinho havia se machucado.
“O Bartô se machucou na secadora. Ele machucou o rosto, nada grave. Estou levando ele na nossa clínica para o veterinário atender ele”, afirmou na mensagem.
Em seguinte, o gerente encaminhou um vídeo do cachorro para mostrar como ele estava. Segundo Thays, ele estava “ensopado, com os olhos muito vermelhos, o focinho todo avermelhado, todo machucado”, Ela também recebeu fotos do focinho de Bartô, que estava sangrando.
Inicialmente, a veterinária do pet shop afirmou que as lesões do cachorro eram superficiais. Entretanto, quando Bartô voltou para casa, cerca de 4h depois, Thays não se sentiu satisfeita e levou o pet para uma segunda opinião.
Na segunda clínica, que registrou um laudo sobre os ferimentos, foi averiguado que Bartô apresentava “alterações inflamatórias agudas”, que seriam “efeitos da possível hipertermia”.
Pet shop negou ter esquecido cachorro na secadora
A princípio, a máquina secadora de pet shop funciona como uma gaiola que distribui calor pelo corpo do animal para secar mais rápido. Entretanto, buldogues franceses como Bartô não são recomendados para usar a máquina. Por conta do focinho curto, essa raça é mais suscetível a super aquecimento.

Quando recebeu a notícia dos ferimentos do cachorro, Thays perguntou ao pet shop se ele havia sido esquecido na secadora. Contudo, o estabelecimento negou.
“Ele foi assado. Meu cachorro ficou dentro de uma estufa, quente. Eu acredito que o Bartô tenha ficado mais de hora dentro da caixa”, afirmou Thays. “A barriguinha dele tava em carne viva.”
Após o incidente, Thays denunciou o caso para a polícia, que está investigando o caso. O pet shop afirmou que o que aconteceu com Bartô foi um “caso isolado”, e que a funcionária responsável pelo secamento foi demitida.
Por sua vez, a trabalhadora publicou uma nota, relatando estar sofrendo injustiça. Trabalhando na área há 6 anos, a funcionária, que não se identificou, espera que a justiça seja feita.
“Eu estou muito triste, sofrendo com acusações injustas, mas tenho certeza que a verdade será investigada pela polícia e a justiça será feita. Jamais me descuidei no trato com o Bartô ou qualquer dos pets que atendi, porque amo os pets e a minha profissão, que já exerço há mais de 6 anos, colhendo sempre elogios dos clientes e da chefia”, escreveu.
(Informações RIC Notícias)